Por mais que pareça óbvio, a higiene íntima não é uma tarefa rotineira ou bem feita por grande parte das mulheres. Médicos afirmam que é essencial que as mulheres redobrem a atenção com a higiene para evitar infecções, coceiras e odores desagradáveis.
Estudos sobre hábitos de higiene íntima revelaram muitos hábitos inadequados de higiene. O estudo, realizado com 367 mulheres com idade média de 22 anos, mostrou que mais da metade das entrevistadas tomam um banho por dia e apenas 11,5% têm o hábito de usar duchas higiênicas. Dentre as entrevistadas, somente 7,7% higienizam a vagina e a região perianal com água corrente após urinar e 12,6% depois da evacuação. Cerca de 90% das mulheres usam apenas papel para efetuar a higiene anal e, dessas, 19,2% fazem a limpeza de trás para a frente. Durante a menstruação, apenas 18% aumentam a frequência do asseio e 39% relatam que o corrimento vaginal é uma constantemente.
Devido a essa higiene inadequada é que muitas mulheres sofrem de coceira, irritações, fissuras e secreções frequentes. As infecções mais comuns são a tricomoníase, causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis; a gardnerella, consequência da superpopulação de bactérias do tipo Gardnerella vaginalis; e a candidíase, originada pelo fungo Candida albicans. Os sintomas costumam ser parecidos: corrimento de cor amarelada ou esverdeada, odor desagradável, prurido, coceira e, às vezes, manchas brancas nas paredes da vulva.
Conheça agora um dossiê completo sobre a higiene íntima feminina!
Feita ao menos três vezes ao dia e mais de três vezes durante a menstruação, a higiene íntima deve fazer parte do cotidiano da mulher. Outros dois momentos em que não se pode esquecer a higiene é após a relação sexual e após uma atividade física. Prefira usar água e um sabonete especial para a limpeza, utilizando apenas os dedos, pois esponjas e cotonetes podem machucar a região. Além do mais, os oferecem maior alcance e mobilidade, o que auxilia na hora de lavar o clitóris e retirar o esmegma, aquele resíduo branco formado por células epiteliais, óleo e gordura genital. Veja o passo-a-passo ideal para a higiene íntima:
1. Com água corrente morna, sabonete íntimo e os dedos, lave a vulva e toda a região pubiana, fazendo movimentos delicados e circulares. Não esqueça de limpar os sulcos interlabiais – entre os pequenos e os grandes lábios – e o clitóris. Em seguida, faça a higiene com os dedos na horizontal, da vagina para o ânus, evitando assim o contato das bactérias presentes na região anal com a genitália.
2. A limpeza deve durar em torno de três minutos em cada área. Mais do que isso, corre o risco de comprometer a hidratação natural da região.
3. Enxágue com água.
4. Para secar a região, prefira uma toalha macia, pois ela ajuda a evitar a proliferação bacteriana, fúngica ou viral.
As bactérias do grupo Lactobacillus casei são responsáveis por formar a chamada flora vaginal, uma proteção natural para a região. Elas deixam o pH local ácido, o que evita a proliferação de fungos e bactérias. Porém as bactérias não garantem 100% de proteção, por isso a necessidade da higiene. Mas não esqueça, a higiene deve ser concentrada na região da vulva e não internamente.
A água e sabonetes alcalinos podem comprometer o nível de acidez da região. Para evitar que a proteção natural seja eliminada, prefira os sabonetes íntimos que possuam ácido láctico na composição, pois assim o pH vaginal será mantido e estável, prevenindo infecções.
Se a correria do dia-a-dia não permite a regularidade da higiene, tente utilizar lenços umedecidos sem perfume algumas vezes por dia.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!
Saiba mais:
Dossiê completo sobre a higiene íntima feminina
Como prevenir a infecção vaginal
Higiene íntima: usar ou não usar lenços umedecidos?
Higiene íntima: os médicos dizem não à ducha vaginal