Gestante

Grávida pode tomar aspirina?

Por Redação Doutíssima 12/12/2013

Medicamentos anti-inflamatórios, dos quais o mais conhecido é a aspirina, estão entre os mais utilizados no mundo, especialmente porque eles são vendidos nas farmácias sem receita médica. Este tipo de drogas utilizadas no tratamento da dor, febre e inflamação, também inclui o ibuprofeno e cetoprofeno. Eles são oficialmente contra-indicada para mulheres grávidas à partir do sexto mês de gravidez pelas autoridades de saúde. No entanto, a segurança do uso desses medicamentos no início da gravidez é regularmente questionado.

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Aspirina e gravidez

 

Estudos em animais revelaram efeitos teratogênicos (risco de malformação do feto) relacionados ao uso da aspirina. Esses dados foram confirmados apenas em relação ao uso do medicamento à partir do sexto mês de gravidez. Assim, todos os anti-inflamatórios estão contra-indicados à partir do mês 6 da gestação, para evitar a exposição do feto ao risco de toxicidade cardio-pulmonal e renal. É importante notar que a ocorrência destes efeitos é mais recorrente quando a aspirina está próxima da data de vencimento.

 

Então a grávida pode tomar aspirina até o 5 º mês? Entre o segundo e o quinto mês, um tratamento isolado com o uso de aspirina não demonstra reação adversa. No entanto, é desaconselhável tomar esses medicamentos por um longo prazo. Sobretudo, como a auto-medicação não é recomendada durante a gravidez, a grávida deve em todos os casos procurar o conselho médico, que pode prescrever outros tipos de medicamentos para aliviar a dor.

 

A aspirina é associada ao risco de aborto?

 

Há 10 anos, um estudo sobre os fatores de risco dos abortos espontâneos questionou mais de mil mulheres grávidas sobre seu uso de aspirina. Um total de 53 mulheres disseram ter usado o medicamento. Daí em diante, 162 abortos foram registrados até a 20 ª semana de gravidez. Após diversas analises, os pesquisadores observaram um aumento do risco de aborto espontâneo em 80% entre as mulheres que consumiram aspirina durante o começo da gravidez. No entanto, esta relação não se observa com o paracetamol, um analgésico também amplamente utilizado.

Contudo, um segundo estudo não confirmou os resultados do primeiro. A associação observada nessa pequena amostra e em um baixo número de abortos não pode ser considerado representativo, e não foi confirmado em um segundo momento. Exemplos, como uma pesquisa americana que envolveu mais de 54 mil mulheres grávidas, conclui que ” o uso de aspirina durante a gravidez não leva a um aumento do risco de aborto”.

O importante é nunca se automedicar durante a gravidez. Se você tomou medicamentos ao principio da gestação ainda sem ter descoberto que estava grávida, avise ao médico assim que possível.