Vergonha, constrangimento ou mesmo tabus. Falar do órgão genital nunca é fácil para uma mulher, mesmo quando cercada de amigas. Muitas vezes, este comportamento tímido pode resultar em cuidados inadequados com sua região íntima, o que implica em risco de doenças. Então, fique atenta: a higiene íntima é questão de saúde!
Para cuidar do seu órgão genital, é importante conhecê-lo bem. Então, deixe a vergonha de lado, enfrente um espelho e saiba que partes do seu corpo precisam de atenção especial. A higiene íntima deve ser encarada como um momento de cuidar de si, adotando todos os procedimentos indicados para manter-se livre de qualquer ameaça de fungos e bactérias nocivos.
Basicamente, não erre pelo excesso, nem pela omissão: tanto a falta de higiene íntima quanto o uso de produtos inapropriados modificam as defesas locais, favorecendo o ataque de germes. Disso, surgem as doenças, as infecções pélvicas e até o comprometimento da fertilidade.
Dicas de higiene íntima
Nem todas mulheres estão atentas a esta particularidade da vida moderna, mas novos hábitos tem influência direta na saúde da região íntima, a começar pelo uso de roupas justas ou fabricadas com tecidos sintéticos. Uma série de fatores pode provocar irritação ou atrapalhar a ventilação, alterando o pH local e deixando a área bastante vulnerável.
Conforme especialistas, a higiene íntima deve ser diária: uma vez ao dia em clima frio e até três vezes por dia em clima quente. Maior frequência não é recomendada e pode, inclusive, favorecer doenças. Quanto ao tempo, dois minutos são considerados suficientes para uma boa higienização, que deve ser feita com as pontas dos dedos, em movimentos circulares e uma pequena quantidade de sabonete.
A escolha do sabonete
O sabonete mais apropriado para a higiene íntima é líquido e vem com a classificação de hipoalergênico na embalagem, o que indica que o produto provoca menos alergias.
Os sabonetes íntimos contêm ácido lático, um componente natural da pele, que proporciona um pH ideal. Já os sabonetes alcalinos ou neutros são hostis aos lactobacilos que protegem a vulva. Por sua vez, quando em barra, o sabonete é muito abrasivo, além de ser compartilhado pela família.
O ginecologista é o profissional indicado para a escolha do sabonete mais adequado à sua higiene íntima. É importante que o sabonete tenha pH ácido (entre 4,2-5,6), produza pouca espuma (de forma a limpar suavemente a pele, mas sem remover sua camada protetora) e não contenha substâncias antissépticas.
A utilização dos sabonetes íntimos deve ser restrita à área externa da região genital. Seu uso não é recomendado para duchas vaginais (internas), tampouco para o tratamento de infecções ou inflamações genitais.
Lenços umedecidos
Mulheres que vivem uma rotina atribulada e que não apresentam alergia têm nos lenços umedecidos uma alternativa para a higiene íntima no meio do dia, fora de casa ou em sanitários públicos. Assim como ocorre com os sabonetes, é preciso dar preferência aos lenços hipoalergênicos com pH ácido, já que eles foram desenvolvidos e testados especificamente para essa finalidade.
É importante que sua aplicação seja suave e sem excessos, também para não remover a camada protetora da pele. Em caso de dúvidas sobre o uso deste ou outro recurso de higiene, consulte sempre o seu ginecologista.
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