O sucesso de medicamentos para tratar a disfunção erétil, como viagra, tadalafil e vardenafila, está estimulando as empresas farmacêuticas a procurarem uma droga similar para as mulheres. Pesquisadores já indicam algumas alternativas para melhorar o libido feminina, como uma pomada que combina mentol e arginina.
A falta de prazer sexual na mulher é um problema que atinge 54% das brasileiras, segundo estimativas do Projeto Sexualidade (ProSex), do Hospital das Clínicas de São Paulo. A prevalência da disfunção sexual feminina é estimada entre 25% e 63%, segundo um estudo da Universidade do Arizona, nos EUA.
Uma solução para a baixa libido sem viagra
Muitas empresas têm desenvolvido cremes, disponíveis sem receita médica, que prometem melhorar o sexo de várias maneiras, como aumentar a sensibilidade do clitóris, a sensação de prazer durante a relação e o desejo sexual, melhorar a capacidade de atingir o orgasmo e aumentar a frequência ou a intensidade dos orgasmos.
No Brasil, um produto similar foi lançado com o nome comercial de Viatop-AM, um produto de aplicação tópica concebido para facilitar o orgasmo feminino. O gel contém mentol e arginina como os seus ingredientes principais.
Sua formulação combinada aumenta a sensibilidade do clitóris, o que resulta em aumento do fluxo sanguíneo para os órgãos genitais. O gel é massageado diretamente no clitóris para efeitos imediatos. De acordo com as instruções, quatro gotas da pomada são suficientes para sentir sensações estimulantes.
Viagra feminino ainda não é realidade
Pela terceira vez desde 2010, a empresa Sprout Pharmaceuticals tenta a aprovação do orgão americano Food and Drug Administration (FDA) para começar a vender a droga chamada flibanserin, conhecida como “viagra feminino”.
Esse viagra, que é uma combinação de medicamentos psiquiátricos, tem efeitos sobre a libido feminina, segundo seus desenvolvedores. Porém, a falta de comprovação dos resultados fez com que o medicamento fosse novamente rejeitado pela FDA.
Segundo a entidade, a fórmula desse viagra não é boa o suficiente para justificar os efeitos colaterais e perigos potenciais de seu uso a longo prazo.
Resposta sexual feminina é complexa
Para a maioria das mulheres, antes das dificuldades com a excitação, o maior problema é a falta de desejo sexual. Muitos fatores influenciam o desejo sexual de uma mulher. Confira alguns exemplos:
1. Dia a dia
Muitas mulheres acham que as tensões diárias acabam com o seu desejo para o sexo.
2. Mudanças
Altos e baixos no desejo sexual podem coincidir com o início ou o fim de um relacionamento ou grandes mudanças na vida, como a gravidez ou a menopausa.
3. Intimidade
O desejo é muitas vezes ligado à intimidade com seu parceiro, assim como às experiências passadas. Ao longo do tempo, problemas psicológicos são capazes de contribuir para problemas biológicos e vice-versa.
4. Doenças
Algumas condições crônicas, como a diabetes ou a esclerose múltipla, podem alterar o ciclo sexual de resposta de uma mulher – causando mudanças na excitação ou resposta orgásmica.
Se você está passando por mudanças ou dificuldades com a sua função sexual, consulte o seu médico. É verdade que ainda não existe um “viagra feminino”, mas em alguns casos, medicamentos, hormônios, produtos de estimulação clitoriana ou outros tratamentos são bastante úteis. O seu médico pode também recomendar a consulta de um terapeuta sexual.
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