Definida como uma inflamação no labirinto, estrutura interna do ouvido que auxilia na audição e na orientação do corpo humano, a labirintite não é um mal que pode ser curado pelo simples repouso momentâneo. “Em primeiro lugar, é preciso verificar a causa para saber se é realmente labirintite”, aconselha o Dr. Gustavo Korn, otorrinolaringologista do Einstein. “Menos de 5% dos casos que recebo aqui são de labirintite, então é importante conhecer melhor o problema para tomarmos o devido cuidado”.
Quando diagnosticados como uma labirintite, conforme afirma o especialista, pouquíssimos casos da doença são incuráveis ou têm sintomas que não podem ser controlados. “Muitas coisas influenciam nestes sintomas, como alimentos que têm muito açúcar ou cafeína, o tabagismo e até o álcool. Por isso, o tratamento pode ser feito com medicamentos e, raríssimas vezes, com cirurgia, mas principalmente com a readequação dos hábitos”.
Como ela surge
Causada por uma bactéria, a labirintite por si só tem origem em outras doenças, como, por exemplo, a otite média (inflamação do ouvido médio) ou a meningite (inflamação das membranas do sistema nervoso central). Porém, além disso, seu diagnóstico pode prever outros problemas. “O labirinto funciona como um sensor do organismo. Muitas vezes a doença pode indicar dificuldades de origem metabólicas, hormonais, cardiovasculares e, em alguns casos, até psicológicas. Por isso sempre atuamos em conjunto com outros médicos e fazemos o tratamento juntos”, pontua o Dr. Gustavo.
Uma das dificuldades do seu tratamento, entretanto, como explica o Dr. Gustavo, é que muitas vezes as pessoas não procuram ajuda para a cura. “Tontura não é normal. Pode acontecer em crianças, adultos ou idosos, sendo que, nestes últimos casos, é ainda mais perigoso, já que qualquer tipo de queda pode levar a problemas mais graves”.
Por isso, para ele, é importante que seja feito o diagnóstico quando a desorientação começar a aparecer com frequência. “É difícil as pessoas explicarem que estão doentes, mas elas podem melhorar. E muitas vezes isso pode ajudar e muito na qualidade de vida”.