Durante anos os retinoides foram vistos como sendo os melhores produtos para a pele. Foram décadas de pesquisas clínicas que mostraram que eles aceleram a renovação celular para suavizar rugas, manchas solares e construir colágeno. Mas esse produto agora divide o mundo da beleza. É que os efeitos colaterais do ácido retinoico podem ser severos.
Entendendo a ação desse ácido
O ácido retinoico é membro da família dos retinoides, que são compostos derivados do retinol, da vitamina A ou de compostos estruturalmente similares a eles. Ele não é produzido pelo próprio corpo humano – da mesma forma que a própria vitamina A, que é derivada dos alimentos.
Ele é sintetizado a partir do retinol através de duas reações enzimáticas, sendo sensível à luz e altamente solúvel em gordura. Isso significa que se difunde facilmente através das membranas celulares. Dessa forma os retinoides são moléculas biológicas importantes, já que atuam no crescimento de células, especialmente as epiteliais, e são vitais na vida embrionária para desenvolver órgãos.
Todos os retinoides têm uma variedade de utilizações dermatológicas e para o tratamento do câncer. O ácido retinoico tem sido extensivamente utilizado para prevenir e tratar a pele envelhecida pelo sol e psoríase. Ele trabalha melhorando o crescimento de novas células da pele e evitando a quebra de colágeno.
De forma tópica ele foi desenvolvido na década de 1950, na Alemanha, com a intenção de tratar o que é chamado de ceratoses solares – que tecnicamente mais adiante se torna um câncer de pele. É bastante usado ainda para tratar a acne.
Efeitos colaterais do ácido retinoico exigem cuidados
A maior desvantagem dos retinóides é a longa lista de efeitos colaterais. Por isso, ele é usado sob a estrita supervisão de um dermatologista, que está habilitado para controlar e monitorar esses efeitos indesejados.
Os efeitos colaterais mais comuns são pele seca, descamação ou rachaduras, vermelhidão, leve formigamento, queimação ou ardência da pele. Conforme seu corpo vai se ajustando ao tratamento, muitas vezes esses desagradáveis sinais desaparecem. É possível ainda a ocorrência de reflexos mais graves. Eles incluem grave ardor ou escurecimento da pele, ou vermelhidão severa, secura ou descamação.
Há medicamentos orais que possuem essa substância e que são conhecidos ainda por causar defeitos de nascimento. É justamente por isso que pacientes do sexo feminino precisam usar duas formas distintas de controle de natalidade ou abster-se do sexo durante o tratamento.
É possível a ocorrência ainda de hemorragias nasais. Há pacientes que também relatam problemas no fígado, enquanto alguns outros se queixam de depressão. Embora todos esses possíveis efeitos secundários, a literatura médica tem considerado seguro o uso de cremes com esse ácido para doenças crônicas de pele.
Essa é a conclusão de uma revisão científica publicada no Journal of the American Academy of Dermatology. De toda forma, é necessário sempre ter a orientação profissional para saber as condições da pele e o melhor tipo de tratamento para você. É que em alguns casos não é necessário o uso do ácido, e outras substâncias podem bastar para o seu tratamento.
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