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Vacina contra HPV é considerada eficaz: saiba como funciona

Por Redação Doutíssima 22/06/2013

O HPV (papilomavírus humano) é uma doença sexualmente transmissível que infecta a pele e a mucosa. Existem mais de cem tipos de vírus, sendo que os tipos 16 e 18 causam em torno de 70% do casos de câncer de colo do útero, segundo dados do Ministério de Saúde.

 

A vacina contra o HPV surge como mais uma forma de prevenção contra esse tipo de câncer e também contra a DST.

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Vacina que protege contra papilomavírus humano ajuda a prevenir o câncer de colo de útero. Foto: iStock

 

Contaminação e sintomas


A transmissão do vírus ocorre principalmente por relação sexual, mas isso não exclui a possibilidade do contágio acontecer por meio de carícias e sexo oral. Ou seja, pessoas virgens não estão imunes ao contágio e por isso, é necessário a imunização através da vacina.

De acordo com Jarbas Barbosa, atualmente presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o HPV chega a ser mais contagioso que o HIV.

A contaminação também pode acontecer de maneira vertical, ou seja, de mãe para filho. Objetos que contenham o vírus também podem transmitir o papilomavírus humano.

Vacina contra HPV

Em 2014, foram vacinadas cinco milhões de meninas com idades entre 11 e 13 anos. Neste ano, no mês de março, mês da Mulher, a imunização teve como foco meninas com idades entre nove e 11 anos. Mas por que imunizar tão cedo? Porque a vacina tem maior eficácia em pessoas que ainda não tiveram contato sexual e portanto, não foram expostas ao vírus.

A imunização contra a doença ocorre através de três doses da vacina que conferem proteção contra quatro tipos do vírus (6,11,16 e 18). A segunda dose da vacina deve ser realizada seis meses após a primeira. Já a terceira deve ser feita 60 meses (cinco anos) após a primeira dose.

No site do Ministério da Saúde, é possível fazer um cadastro onde você disponibiliza o nome para contato, e-mail, telefone e data da primeira dose para que seja avisada da próxima vacina. Dessa forma, sua filha não fica de fora da imunização. (http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/hpv/)

Meninas com idades entre 12 e 13 anos que ainda não foram imunizadas devem procurar uma unidade de saúde para tomarem a vacina. É muito importante que sejam feitas as três doses, pois só a partir da segunda é que a menina está protegida.

Desde 2006, mais de 180 milhões de doses da vacina já foram aplicadas em todo o mundo e mais de 100 países já utilizam a vacina contra HPV. E ainda segundo o Ministério da Saúde, anualmente no Brasil surgem 15 mil novos casos de câncer de colo do útero e cinco mil óbitos são em resultado desse tipo de câncer.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 291 milhões de mulheres estão infectadas com o vírus HPV e 32% delas estão contaminadas pelos tipos 16 e 18 ou ambos.

Efeitos colaterais da vacina

Existem, sim, alguns efeitos colaterais associados à vacina, mas todos de caráter leve. As reações podem variar entre febre de 38ºC, dor, inchaço e vermelhidão no local da aplicação. E de acordo com o Ministério da Saúde, dores de cabeça, desmaios e mal-estar estão relacionadas à ansiedade e medo da aplicação.


Além da vacina, é importante não deixar de usar preservativos ao manter relações sexuais e já na fase adulta, entre 25 e 64 anos, realizar o exame Papanicolau.

 

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