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Ronco forte pode aumentar chance de câncer, diz estudo

Por Redação Doutíssima 05/06/2014

Você conhece alguém que sofre de ronco forte? Durante o sono, o tônus muscular do pescoço e da faringe decresce. Isso causa um estreitamento do espaço faríngeo e o volume de ar necessário precisa ser inspirado a uma velocidade maior, ocorrendo a vibração de tecidos moles, como palato mole, úvula e língua. O ronco forte é a vibração dos tecidos da garganta quando da passagem do ar.

Estudos comprovam que as pessoas que sofrem de ronco forte e enfrentam distúrbios respiratórios durante o sono, tem uma probabilidade maior de desenvolver doenças, como o câncer. Médicos acreditam que isto ocorre devido ao suprimento inadequado de oxigênio durante a noite em pessoas com o distúrbio.

A respiração adequada durante o sono é essencial para controlar o ronco forte. Foto: Shutterstock

A respiração adequada durante o sono é essencial para controlar o ronco forte. Foto: Shutterstock

Como diagnosticar o ronco forte

Pessoas que roncam muito a noite tendem a acordar cansadas e mal-humoradas. Devido à noite mal dormida, elas apresentam baixo rendimento durante o dia, prejudicando algumas atividades como reuniões de trabalho, assistir a filmes e dirigir.

O ronco forte pode ser causado por alguns fatores, como excesso de peso, entrar na menopausa, consumir álcool com muita frequência, anormalidades endócrinas ou craniofaciais, como hipotireoidismo e hipoplasia maxilomandibular e predisposição genética.

O ronco forte também pode trazer problemas maiores, como a apneia do sono. As pausas na respiração características desse distúrbio podem durar de dez a 30 segundos e ocorrer até cinco vezes em uma hora de sono. Na tentativa de voltar a respirar, a pessoa acorda várias vezes, o que afeta a qualidade do sono e impede o descanso adequado.

Já o ronco forte específico de quem tem apneia segue um mesmo ritmo, vai ficando mais alto e, de repente, é interrompido por um período de silêncio. É nesse momento que a respiração para, o que parece ser uma espécie de engasgo.

Quando esses ou outros sintomas, como dor de cabeça, falta de atenção, perda de memória e redução da libido são notados, é importante procurar um especialista em medicina do sono para fazer o diagnóstico correto.

Tratamentos para o ronco forte

O uso de aparelhos odontológicos na boca durante a noite, para manter a mandíbula posicionada mais para frente, também podem ajudar algumas pessoas a diminuir o ronco forte.

Em alguns casos, a cirurgia é a melhor opção. A traqueostomia atua na remoção do excesso de tecido na parte posterior da garganta de forma a criar uma abertura na traqueia e contornar as vias respiratórias bloqueadas, caso existam problemas físicos ou as cirurgias no nariz ou na cavidade óssea.

Vale lembrar que a cirurgia para remoção de amígdalas e de adenoides pode curar a doença em crianças, mas ela parece é eficaz para a maioria dos adultos.

Evitar dormir de barriga para cima e tratar doenças do nariz e da garganta também são atitudes essenciais para o controle do ronco forte. Se o ronco forte ou a sonolência diurna começarem a se tornar mais intensos, é hora de procurar um médico e iniciar o tratamento.

Só garantindo uma respiração adequada durante o sono é que você conseguirá controlar o ronco forte e, automaticamente, se livrar de problemas maiores, como a apneia e outras complicações.

 

 

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