Bastante raro, o câncer de pênis representa apenas 2% de todos os tipos de tumor no homem brasileiro, sendo mais recorrente no Nordeste e no Norte. No entanto, esses dados, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), não tiram a preocupação para uma doença grave que pode ser prevenida.
O grupo de risco dessa doença está na faixa dos 50 anos, mas não se descartam ocorrências em adolescentes. O tumor costuma se desenvolver em pessoas com baixas condições de higiene íntima e não circuncidadas.
É possível também que ele apareça em decorrência de uma infecção pelo HPV, o papilomavírus humano. Saiba reconhecer a manifestação do câncer de pênis e veja possíveis tratamentos.
Proteja-se do câncer de pênis
De forma bastante simples, é possível prevenir o câncer de pênis. Ele se manifesta em função de fimoses, má higiene e doenças sexualmente transmissíveis. Assim, para evitá-lo, medidas simples como a limpeza do órgão genital, uso de preservativo nas relações sexuais e cirurgia de fimose reduzem drasticamente as possibilidades de desenvolver a doença.
Grande parte dos casos é diagnosticada por meio de alterações na pele peniana. Ao redor do pênis, o tecido epitelial muda de cor e fica mais grosso, podendo surgir protuberâncias. Em alguns homens, aparecem feridas, úlceras ou nódulos na glande, no prepúcio e no corpo do membro.
Se esses sintomas se manifestam junto com uma secreção branca, é provável que esteja se desenvolvendo o tumor.
A doença também pode surgir com pequenas elevações avermelhadas e de toque aveludado no pênis. Lesões de coloração marrom e azul, mesmo que pouco visíveis, são outra forma de manifestação. Prepúcio retraído, inchaço nas extremidades, mau cheiro e secreções persistentes são também indicativos do tumor.
Quando disseminado, o câncer de pênis pode atingir os gânglios linfáticos da virilha. Nesse caso, os linfonodos incham e podem ser vistos como nódulos na pele.
Por meio de um exame físico, é possível verificar a sensibilidade e especificidade do tumor, sendo essa também a principal forma de avaliar a extensão da doença. A confirmação do diagnóstico é feita com uma biópsia das lesões. Para completar a análise, o médico pode solicitar tomografias e ressonâncias magnéticas.
Tratamentos para o câncer de pênis
A primeira medida tomada para contenção do câncer de pênis é a amputação parcial ou completa do órgão. No momento da remoção é avaliado o estado de abrangência do tumor. Caso seja necessário amputar apenas parte do tecido peniano, o paciente poderá retomar a vida sexual sem ter as ereções comprometidas.
Quando os linfonodos inguinais são palpáveis, pode ser preciso fazer uma linfadenectomia inguinal ou pélvica, principalmente se os tumores estiverem avançados em graus severos.
No pré e pós-operatório, a quimioterapia sistêmica costuma ser utilizada para complementar o tratamento. Os resultados variam em cada paciente, que também podem ter de se submeter a radioterapias locais no pênis.
Para não precisar passar pelos tratamentos complicados desse tipo de câncer, é imprescindível realizar o autoexame peniano, a fim de detectar as lesões iniciais e passar pelo diagnóstico precoce.
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