Resolvi tocar nesse assunto pois, sempre foi algo que nunca conseguiu uma unanimidade dentro da ortodontia. Entendo que isso acontece devido às diferentes escolas, com diferentes modos de pensar e também as necessidades de mercado que precisam vender diferentes peças e aparelhos para manter sua lucratividade e isso ficou mais forte ainda com a explosão dos implantes dentários. Vamos conversar um pouco sobre o tratamento ortodôntico com ou sem extração dentária mas começo dizendo que o importante é o respeito dos profissionais no fato de entender a técnica do colega e respeitar o pesamento dele mesmo sendo diferente do seu. Nós, dentistas, temos que nos unir para poder tratar melhor nossos pacientes, sem pensar somente em dinheiro e lembrar sempre da ética.
A necessidade ou não de arrancar dentes vai estar sempre ligada aos seguintes fatores:
– Quantidade de movimento necessária: Se o paciente tem os dentes muito tortos ou levemente tortos.
– O apinhamento dentário está provocando alterações na face? O dente torto está muito para frente e modifica os lábios do paciente, ou a relação dos lábios com o nariz ou demais estruturas da face?
– Existem estruturas esqueléticas envolvidas? o paciente precisa de cirurgia ortognática?
– O paciente tem algum dente, que poderia ser arrancado, que já está comprometido e precisa de canal ou está muito comprometido ou mesmo já foi arrancado?
De acordo com essas e mais algumas análises, o dentista vai pedir uns exames radiográfico e fazer as devidas medidas e cálculos para avaliar a necessidade de arrancar algum dente. Existe uma variedade enorme de possibilidades de dentes à arrancar:
– Pré-molares são sempre a primeira escolha. Podem ser arrancados de forma unilateral (só de um lado), bilateral (um de cada lado) e bilateral da maxila e da mandíbula (nesse caso são arrancados 4 dentes, 2 de cima e 2 de baixo).
– Incisivos inferiores.
– Caninos.
– Terceiros molares. Podem ser arrancados somente os 4 terceiros molares ou existem casos que precisamos arrancar os 4 terceiros molares mais os 4 pré-molares.
O que você precisa entender é que você tem que escolher um dentista que confie e ficar com ele até o final do tratamento. Não fique indo de dentista em dentista toda vez que não gostar ou não concordar com algo que seu dentista fez ou disse.
Leve a sério o tratamento e siga o que seu dentista lhe pede. Entenda que em alguns casos existem limites periodontais e o dentista não pode deixar seu dente igual ao da xuxa somente com a ortodontia.
Tenha paciência que tudo vai dar certo e muitos casos não se resolvem somente com a ortodontia, quando termina o tratamento ortodôntico, podem ser feitos procedimentos estéticos para completar alterações que a ortodontia não tem necessidade de intervir.