Nutrição

Vilão ou mocinho? Saiba tudo sobre o café

Por Redação Doutíssima 17/12/2013

O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo, mas seus efeitos ainda são bastante debatidos. Há muito tempo cientistas fazem afirmações divergentes sobre essa bebida de aroma perfumado: alguns dizem que pode comprometer a saúde, enquanto outros revelam que ela proporciona benefícios incríveis – desde que consumida com moderação.

Café é alvo de preocupações por parte de cientistas

Essa planta tem suas origens ligadas à África Oriental. Segundo a lenda, um pastor de cabras percebeu que seus animais estavam agindo de forma muito mais enérgica após mordiscar os pés de café. Os primeiros indícios de consumo datam do século 15, espalhando-se rapidamente para Egito e norte da África.

Atualmente, ele está sempre presente em nossa cultura. Onde quer que você olhe, há uma cafeteria. Porém, pesquisadores ainda procuram o efeito que essa bebida pode ter sobre nossa saúde. O motivo é a cafeína, componente chave da composição.

Ingerida em excesso, ela é capaz de levar a quadros de agitação, ansiedade, palpitações cardíacas e até mesmo agravar ataques de pânico, segundo artigo publicado na revista BJPsych Advances.

Levantamentos indicam ainda que ela pode ter efeitos diuréticos e elevar a pressão arterial. Há ainda quem relate sintomas como irritabilidade quando o café deixa de ser tomado nos níveis habituais.

Mulher tomando café

Independente do tamanho ou tipo, o café é bebida comum em todo o mundo. Foto: iStock, Getty Images

Bebida também possui benefícios

Apesar de ter alguns efeitos negativos, quando consumida em doses moderadas, o café é capaz de oferecer benefícios à saúde. Em 2011, a Escola de Saúde Pública de Harvard informou que, em um estudo de 22 anos com quase 48 mil homens, aqueles que tomavam a bebida tinham cerca de 60% menos probabilidade de morrer de câncer de próstata.

O consumo de café também tem sido associado à diminuição dos riscos de problemas cognitivos ligados à demência, principalmente a doença de Alzheimer. Um estudo realizado em 2009 seguiu bebedores regulares por 20 anos.

Das 1.400 pessoas envolvidas no experimento, aquelas que relataram beber três a quatro xícaras da bebida por dia eram 65% menos propensos a desenvolver demência e doença de Alzheimer do que aqueles que bebiam duas xícaras ou menos.

Em 2013, outro estudo realizado pela Escola de Saúde Pública de Harvard reforçou a existência de benefícios na bebida. Foi descoberto que aqueles que consumiam de duas a três xícaras por dia possuíam risco de suicídio diminuído em 45%. Esse índice foi atribuído ao efeito estimulando da cafeína, capaz de impulsionar o humor das pessoas.

Além disso, um estudo recente, publicado no The New England Journal of Medicine, mostrou que beber duas a três xícaras de café por dia está associado com chances reduzidas (10%) de morte para os homens em qualquer idade. Para as mulheres, esse índice foi ainda mais significativo e chegou a 13%.