Adoro ler e mais ainda sobre assuntos ligados à odontologia ou à psicologia, análise do comportamento humano nas suas diferentes fases de vida, neuroses, psicoses, esquisitice. Adoro saber como as outras pessoas pensam e poder incorporar os bons hábitos e as boas idéias no meu modo de viver. Adoro pensamentos passarinho que vivem viajando por ai a procura de um novo sentimento, uma nova sensação. Adoro curiosidades explicitas ou guardadas no fundo de um olhar marcante. Até mesmo os dentistas sabem apreciar uma boa poesia ou uma escritora de talento. Temos falado constantemente sobre os cuidados com os filhos e sobre o momento de arrancar os dentinhos e pesquisando sobre isso na internet encontro uma mãe e escritora que nos mostra como arrancar o dentinho de nosso bebês de uma forma leve e divertida. Vamos a dica da mamãesabetudo Flávia Fiorillo.
“2 crianças X 24 dentes = tem dente caindo todo mês aqui em casa.
Vou te contar, Fofoquinha e Matraca-Trica reagem bem diferente quando o dente está penduradinho por um fio.
A ansiedade de Fofoquinha trabalha contra ela. A criatura fica muito, muito nervosa só em pensar no fio de sangue e na dorzinha que vai ocorrer quando o dente cair. Fica remoendo a coisa e vira uma bola de neve, ela se convence de que vai sair mais sangue do que em filme de terror B e que a dor que vai sentir deve ser igual à de arrancar os olhos com os dedos. Ela também morre de medo do dente cair à noite quando ela estiver dormindo e ela engolir. “Para onde vai o dente? Mas aí a fadinha vem? Ela vem, não vem? Como ela vai saber que o meu dente caiu?” E chora, fica nervosa, ninguém pode chegar perto do tal dente pendurado. Nem ela mesmo!
Matraca-Trica por sua vez não pode esperar para arrancar o tal. Fica mexendo no dito cujo o dia todo, experimenta dar uma puxadinha, sente dor e recua, só para tentar meia hora depois. A língua não para dentro da boca, não sei como ele não fica com câimbra.
Tenho certeza que todo mundo tem uma técnica especial para que aquele último e frágil fio se rompa liberando o peso morto de dentro da boca, assim como uma manha qualquer para convencer os mais medrosos- Fofoquinha, no caso- a permitir que o dente dê lugar ao futuro dentão que os acompanhará o resto da vida, bem escovados e fio dentados.
Vou te contar a minha, que descobri por acaso. Essa técnica funciona muito bem tanto para os apressadinhos como para os mais nervosos. Pensando bem, deve funcionar para qualquer criança. Aqui em casa já foram 3 dentes para a fadinha usando essa técnica, dois de Fofoquinha e um de Matraca-Trica. Aconteceu por puro acaso, juro que não provoquei a situação, inclusive porque é uma daquelas coisas que acontecem que se a gente planejar não rola, tem que ser espontâneo.
Bolada na cara. Sério, nada melhor do que uma bolada na cara para derrubar um dente. Tudo graças aos esportes do clube e amiguinhos com coordenação motora que ainda não está bem desenvolvida. É uma felicidade e um orgulho só quando eles catam o dente do chão, não tem choro nem nervosismo, só muita risada e os dois nem ligam se a bolada doeu ou se saiu sangue. Pena que não dá para tentar em casa, não?”
Achei um texto super divertido e bem escrito. É certo que algumas coisas não se enquadram bem no que a odontologia preconiza mas isso não vem ao caso. O importante é ver vocês pensando em odontologia e indo ao dentista para conversar sobre o que pensaram, isso gera senso crítico e nada melhor do que o conhecimento para lhe manter afastada dos problemas e das doenças. Pelo amor de Deus, nada de sair dando bolada na cara das crianças com dente mole.
