Ainda considerada um grande tabu, a AIDS (HIV positivo) pode causar problemas não apenas aos portadores do vírus. É o caso do HIV na gestação: se alguns cuidados não forem tomados, a mãe pode transmitir o vírus ao bebê, a chamada transmissão vertical. Conhecer e ter orientações sobre essa doença é um meio de prevenir o contágio entre as pessoas e principalmente evitar que as mães transmitam o HIV na gestação.
Diagnóstico
Para confirmar a presença do HIV na gestante, o exame de sangue (soro ou plasma) é feito para identificar anticorpos contra o vírus HIV – Anti-HIV. Testes positivos são reconfirmados.
A identificação de gestantes positivas para o HIV é fundamental para o acompanhamento pré-natal (durante a gestação) e neonatal (logo após o nascimento).
HIV na gestação: O que é transmissão vertical?
A transmissão vertical do HIV é a situação em que a criança é infectada pelo vírus da AIDS durante a gestação, o parto ou por meio da amamentação.
No entanto, a criança, filha de mãe infectada pelo HIV, tem a oportunidade de não se infectar pelo HIV. Atualmente, existem medidas eficazes para evitar o risco de transmissão. Durante o pré-natal, toda gestante tem o direito e deve realizar o teste de HIV. Quanto mais precoce o diagnóstico da infecção da mãe pelo HIV na gestação, maiores são as chances de evitar a transmissão para o bebê. O tratamento é gratuito e está disponível no SUS.
HIV na gestação: Como evitar a transmissão vertical?
Para evitar a transmissão vertical do HIV na gestação, um coquetel de remédios que reduz a carga viral deve ser tomado desde o início da gravidez até o parto.
O bebê deve continuar recebendo remédios durante as seis primeiras semanas de vida. Quase a totalidade dos casos de HIV em crianças menores de 13 anos foi transmitido de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.
O índice de transmissão vertical do HIV (durante a gestação, parto ou amamentação) de uma mamãe que se cuida desde o início da gravidez e não amamenta seu filho é menor de 5%.
Já as mulheres que não sabem que são portadoras do vírus HIV e levam a gravidez sem tomar a medicação e ainda amamentam seus filhos tem cerca de 40% de chances de transmitir o vírus para o seu bebê.
Grande parte dos casos de transmissão do vírus é no trabalho de parto e no parto, seguido pela infecção intra-útero (principalmente nas últimas semanas da gestação) e amamentação.
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