Entenda o que é uma cirurgia de ponte de safena e para quais casos ela pode ser indicada
Ao ser oxigenado pelos pulmões, o sangue deve ser distribuído pelas artérias coronarianas para o músculo cardíaco. A ponte de safena e mamária, também chamadas de cirurgias de revascularização do miocárdio. Quando estas artérias ficam obstruídas pelo acúmulo de gordura, prejudicando a passagem da circulação sanguínea ao coração, a chance de uma angina ou de infarto é muito grande. Na ocorrência deste quadro clínico, uma das alternativas adotadas é a realização de uma cirurgia de ponte de safena.
O procedimento, também conhecido como cirurgia de revascularização do miocárdio, consiste na retirada de uma parte da veia safena, que está localizada na perna, para religar artérias do coração obstruídas por placas de gordura.
Também é feita uma ponte entre a aorta e uma região da coronária – localizada depois da parte obstruída pelas placas de gordura. Com esta ligação, é possível normalizar a passagem sanguínea, evitando, assim, um infarto fatal.
Indicações de cirurgia de ponte de safena
Há duas maneiras para uma pessoa descobrir se precisa se submeter a uma ponte de safena. Uma delas ocorre por demonstrações de sintomas físicos de problemas cardíacos, como dores no peito e falta de ar. A segunda forma se dá pela análise de exames de rotina. Caso eles indiquem lesões nas artérias, o paciente pode ter que se submeter ao procedimento cirúrgico.
Em alguns casos, ainda é possível reverter a situação apenas com o uso de medicamentos. Outra opção, menos traumática, é a realização de angioplastia, procedimento no qual um longo e finíssimo tubo é introduzido no corpo da pessoa.
No entanto, a escolha do procedimento a ser realizado no paciente depende de caso a caso. É o que afirma o médico cirurgião cardiovascular Leo Roberto Migliari Pacheco. Segundo ele, existem situações em que a angioplastia é mais indicada e outras em que a ponte de safena se mostra mais efetiva para o paciente.
“Cada caso deve ser estudado de forma independente. É preciso conhecer o histórico do paciente, evolução do quadro, analise de exames, condições de saúde, de seus órgãos e de suas artérias coronárias. Somente, então, com estes dados, conseguiremos escolher o tratamento mais eficaz para sua situação”, explica Pacheco.
Exames pré-operatórios
Um dos exames utilizados para esta decisão é o cateterismo, um procedimento radiológico no qual se pode analisar os vasos sanguíneos. Ele pode ser realizado pelo braço ou pela virilha com a introdução de cateteres que vão até o coração. Assim, são obtidas imagens do músculo cardíaco e de possíveis obstruções nas artérias coronárias.
Caso se constate a necessidade de uma ponte de safena, o paciente é submetido à cirurgia, que dura cinco horas, em média. Apesar de ser considerado um procedimento agressivo, a ponte de safena pode ser realizada com diversas técnicas que auxiliam no processo, tornando-o menos invasivo e arriscado. Enquanto que, antigamente, o bombeamento de sangue do paciente durante a operação era feito por uma máquina fora do corpo – pois o coração parava totalmente de bater – atualmente, há mecanismos que apenas reduzem os batimentos cardíacos.
A ponte de safena, em alguns casos, pode ser feita com uma veia mamária. O procedimento é o mesmo – só que, neste caso, é utilizada uma parte da veia mamária interna, localizada no tórax, para fazer a revascularização cardíaca.
O prognóstico para quem realiza uma cirurgia da ponte de safena é positivo. Pesquisas mostram que a sobrevida em cinco anos é de 88% e, em dez anos, de cerca de 75%. Aproximadamente 60% dos pacientes não apresentam mais sintomas após dez anos. É importante que a terapia antiagregante plaquetária seja iniciada precocemente para evitar a oclusão da ponte.
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