Uma pessoa que sofre um ataque cardíaco precisa receber atendimento adequado e de forma imediata, pois esta é a única chance que ela tem de sobreviver ao episódio. Quatro décadas atrás, 40% das vítimas de ataque cardíaco que chegavam aos hospitais não conseguiam sobreviver.
Graças aos avanços da medicina nos últimos anos, este número é bem menor hoje em dia. Estima-se que somente 10% dos pacientes que passam pela experiência traumática não sobrevivam a ela.
Entre os avanços que levaram a esta notável melhora nos prognósticos está uma maior conscientização quanto aos sinais que alertam para um possível ataque cardíaco. Isto também se materializa por meio do implante do stent, que pode, em alguns casos, parar um ataque cardíaco antes que ele danifique o músculo do coração.
Outros avanços da medicina incluem o uso de uma terapia medicamentosa mais eficiente e o aumento da utilização de tratamentos baseados em evidências como, por exemplo, as listas de verificação que ajudam a simplificar a terapia de ataque cardíaco.
Teste para o ataque cardíaco
Hoje em dia, já há um teste que pode reconhecer se o paciente está tendo um ataque cardíaco em menos de uma hora. Por meio dele, o especialista consegue medir a alta sensibilidade das troponinas cardíacas (proteínas que são liberadas do tecido do coração danificado), para determinar a probabilidade de um ataque cardíaco.
Antes, os testes só conseguiam detectar estas troponinas cardíacas em níveis relativamente altos, além de demorar entre quatro e seis horas para se confirmar, ou descartar, o risco de ocorrência de um ataque cardíaco.
Outra inovação bastante efetiva na prevenção da ocorrência é a cirurgia bariátrica. O procedimento cirúrgico é capaz de reduzir drasticamente e num curto período de tempo os fatores de risco que podem desencadear o ataque cardíaco em pessoas obesas, que costumam estar enquadradas no grupo de risco.
O resultado da cirurgia acaba sendo melhor e mais rápido do que o obtido por meio de tratamento medicamentoso para o colesterol, controle de peso ou diabetes. Isto ocorre porque o procedimento aumenta a massa do ventrículo esquerdo do coração, deixando o músculo mais forte e ampliando a proporção de sangue bombeado pelo órgão.
Tratamento
Atualmente, muitos são os medicamentos usados no tratamento posterior ao ataque cardíaco. Os mais usados são os betabloqueadores, inibidores da ECA, nitratos, anticoagulantes, antiplaquetários e remédios para alívio de dor e de ansiedade.
Enquanto que os betabloqueadores diminuem a frequência cardíaca, as enzimas de conversão da angiotensina ou inibidores da ECA ajudam a baixar a pressão arterial, de forma a reduzir a tensão do coração. Ambas as medicações são ministrados em pacientes que sofreram um ataque cardíaco, aumentando as suas chances de sobrevivência.
Já no processo de recuperação, testes como o ecocardiograma podem ser realizados pelo médico para a verificação do estado do coração. Por meio dele, o especialista consegue observar se o coração está se enchendo com sangue e o bombeando para o resto do corpo de forma eficaz.
Outro teste disponível para observar a recuperação do paciente após o ataque cardíaco é o de estresse. Nele, é possível analisar como o coração funciona quando se depara com uma carga de trabalho pesada.
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