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Exame de sangue é capaz de prever Alzheimer em pessoas saudáveis, afirmam especialistas

Por Redação Doutíssima 02/05/2014

Pesquisadores americanos desenvolveram um exame de sangue que pode prever Alzheimer com mais de 90% de precisão. Com o exame, é possível saber se uma pessoa saudável vai desenvolver, dentro de três anos, a doença de Alzheimer ou um outro comprometimento cognitivo.

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Como funciona o teste que pode prever Alzheimer?

Os especialistas mostraram que testes de nível de 10 gorduras no sangue permitiria detectar o risco de uma pessoa desenvolver a doença nos próximos três anos.

O caso foi descrito na revista Nature Medicine (braço da renomada revista Nature) e publicado no site de divulgação científica EurekAlert. Os resultados começam a passar por testes clínicos maiores para confirmar a sua eficácia.

Em todo o mundo, 44 milhões de pessoas vivem com demência e o número que deve triplicar até 2050.

A doença ataca o cérebro por mais de uma década antes que os sintomas surjam. Os médicos acreditam que tratamentos com remédios estão falhando porque os pacientes estão sendo submetidos a eles tarde demais.

 

 

prever alzheimerPrever Alzheimer ajudaria no tratamento?

A descoberta de um teste que pode prever Alzheimer é uma das principais prioridades para o campo.

Cientistas da Universidade de Georgetown, em Washington D.C., analisaram amostras de sangue de 525 pessoas com idade superior a 70 anos, como parte de um estudo de cinco anos.

Eles compararam os exames de 53 deles que desenvolveram Alzheimer, ou algum comprometimento cognitivo leve, com os de 53 que permaneceram mentalmente ágeis. Os pesquisadores encontraram diferenças nos níveis de lipídos, ou 10 gorduras, entre os dois grupos.

E quando a equipe olhou as outras amostras de sangue, esses 10 marcadores da doença permitiam prever alzheimer nas pessoas.

Howard Federoff, professor de neurologia na Universidade de Georgetown, disse à BBC: “Há enorme necessidade de um exame como este. Mas temos de testar com um maior número de pessoas antes que possa ser utilizado na prática clínica”.

Os pesquisadores continuam investigando a eficácia do exame e a possibilidade de prever alzheimer com ainda mais antecedência do que três anos. Não está claro exatamente o que está causando as mudanças de gorduras no sangue, mas poderia ser um resíduo das primeiras mudanças no cérebro.

Um teste bem sucedido para a doença de Alzheimer pode transformar a pesquisa médica e permitir testar tratamentos com medicamentos em um estágio muito anterior da doença.

Segundo Federoff, abrandar o ritmo da doença pode ter um enorme impacto: “Mesmo um pequeno atraso de sintomas já terá um benefício econômico tremendo só em termos do custo do atendimento.”