Inúmeros são os exames durante o pré-natal pelos quais necessitam passar as futuras mamães. Dentre eles, pode ser citado o importante teste de infecção pelo vírus HIV. Ele é fundamental, pois, em caso de identificada a infecção, existem tratamentos que comprovadamente reduzem a probabilidade de transmissão durante a gravidez, parto, ou amamentação.
O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) é repassado à criança principalmente por transmissão vertical, durante a gravidez, durante o parto e também através do leite materno.
No entanto, estudos médicos demonstram a redução da transmissão vertical do HIV durante a gestação com HIV para níveis entre zero e 2%, por meio de intervenções preventivas.
Dentre estas intervenções preventivas, pode ser citado o uso de antirretrovirais combinados (promovendo a queda da carga viral materna), o parto por cirurgia cesariana eletiva, o uso de quimioprofilaxia com o AZT na mãe e no recém-nascido, além da não amamentação.
No Brasil, informações sobre novas medidas que estão sendo tomadas para evitar a evitar a transmissão durante a gestação com HIV constam no site do Ministério da Saúde. Quando feito o diagnóstico de infecção pelo HIV durante a gestação, a futura mãe deverá ser encaminhada para o Serviço de Assistência Especializado (SAE) para acompanhamento clínico, como portadora do HIV.
Enfrentamento da gestação com HIV
Quando a mulher é diagnosticada como soropositiva, a preocupação maior é a de transmissão vertical da doença para o bebê durante a gestação com HIV. Os métodos para evitar a contaminação do companheiro e de reprodução são os mesmos para homens e mulheres, com exceção da lavagem.
Durante a gestação com HIV, a paciente deve conversar com seu infectologista para adequar-se à terapia antirretroviral e com a medicação para o tratamento da doença. Sob estas orientações, a possibilidade de transmissão vertical diminui e se torna baixa.
Quanto aos riscos, eles sempre existirão. No entanto, é mais do que necessário confiar e não alimentar receios e culpas. Se você decide ter um filho, não será o HIV que fará deste momento mágico um empecilho.
Para uma gestação com HIV menos problemática é importante para a gestante conversar com outras mães soropositivas. Obter informação, adotar uma boa alimentação e os demais cuidados devidos também são benéficos para o período.
A qualquer situação, estando infectados ambos ou apenas um dos parceiros, é necessário ter em mente que a gravidez deve ser sempre um trabalho conjunto: somados o médico infectologista, o especialista em reprodução assistida e o casal que tanto deseja conceber
Tratamento
Durante a gestação com HIV, as futuras mamães devem ser acompanhadas em todo o pré-natal pelo obstetra e também pelo infectologista. Além disso, o tratamento com a medicação AZT diminuirá o risco de transmissão da doença para o feto.
Casos de recém-nascidos de gestantes positivas para o HIV são tratados após o nascimento. E, também, a mãe deve ser orientada a não amamentar o recém-nascido e a lactação deve ser inibida. Entram em ação, nestes casos, alguns produtos substitutos do leite materno.
Amplamente comprovado, o uso de terapia antirretroviral combinada ajuda a reduzir significativamente a carga viral plasmática do HIV para níveis indetectáveis.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!
Saiba mais:
AIDS no Brasil: heterossexuais representam maior parcela de infectados pelo HIV
Saiba tudo sobre a AIDS: causas, sintomas e tratamento
HIV infantil: bebê pode ter sido curada do vírus após tratamento realizado nas primeiras horas
Conheça os sintomas do HIV. Os primeiros sintomas são iguais aos de uma gripe
HIV: OMS apela para que governos incentivem tratamento com retrovirais
Tratamento do HIV aproxima expectativa de vida de pacientes a da população em geral