Estima-se que 35% da população acima de 15 anos apresente algum grau de varizes. Já a população acima dos 70 anos apresenta um índice ainda maior, sendo que 70% delas sofrem deste problema que vai além dos problemas estéticos, causando inchaço, dor e cansaço nas pernas e, também, na diminuição da autoestima.
A escleroterapia com espuma pode ser uma importante aliada no combate às varizes, abrandando-as ou eliminando-as por completo.
Como é feita a escleroterapia com espuma
A escleroterapia com espuma consiste em aplicar uma substância esclerosante misturada com o ar sob a forma de espuma, chamada Poidocanol, diretamente nas varizes.
De composição densa, ela é semelhante à espuma de barbear e tem o objetivo de eliminar a obstrução da veia doente. A espuma, por ser mais densa, “empurra” o sangue ocupando todo o volume das varizes sem que haja muita diluição da substância esclerosante pelo sangue.
Com isto, a escleroterapia com espuma apresenta um efeito melhor em vasinhos de maior calibre e varizes, pois a penetração e a ação da substância na parede vascular é maior, melhorando, desta forma, o efeito da secagem dos vasos. A aplicação deve ser feita até que as varizes desapareçam por completo.
Apesar da grande eficácia da escleroterapia com espuma, a aplicação da técnica não exclui o tratamento cirúrgico. No entanto, é uma alternativa que pode beneficiar os pacientes de alto risco, pacientes obesos (com obesidade mórbida) e até mesmo os que estiverem em programação para cirurgia bariátrica.
Estas pessoas, inclusive, poderão se beneficiar da escleroterapia com espuma evitando problemas de trombose no intra-operatório da cirurgia. Por meio do uso da técnica, é possível diminuir os sintomas das varizes e, principalmente, suas consequências.
Efeitos da escleroterapia com espuma
O tratamento da escleroterapia com espuma é ideal para pacientes com doença venosa avançada que querem ter melhora dos seus sintomas. A escleroterapia com espuma produz efeito benéfico até mesmo nas veias safenas. Mas, o tratamento só deve ser realizado, para estes casos, após uma criteriosa avaliação clínica.
A escleroterapia com espuma deve ser realizada em consultório clínico e dura, aproximadamente, 30 minutos. Nele, a espuma é produzida por meio da associação entre o líquido esclerosante com ar através de duas seringas conectadas entre si, em um movimento de vai e vem.
Com isto, as varizes calibrosas devem ser esclerosadas com a espuma guiada com ultrassom. A terapia acaba causando uma pequena dor e desconforto no paciente, em virtude da picada da agulha e da entrada do medicamento na veia.
Ações após a escleroterapia com espuma
Após a realização do tratamento de escleroterapia com espuma, o paciente deve fazer uso, durante o dia, de meias de compressão elástica para melhorar o retorno venoso e diminuir as chances de surgirem novas varizes.
Além disto, é indicado que não haja exposição ao sol. A medida ajuda a evitar que a região submetida à escleroterapia com espuma fique manchada. Se não houver como evitar, o paciente deve usar um bloqueador solar em toda a área tratada.
O risco da escleroterapia com espuma é muito baixo. Contudo, raramente o tratamento pode provocar uma trombose venosa profunda ou uma embolia, que pode causar o deslocamento de coágulos pelo corpo, atingindo o pulmão, por exemplo.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!
Saiba mais:
Má circulação: sintomas, causas e tratamento
Inchaço na perna pode ser grave: veja as causas
7 Vegetais úteis para eliminar o inchaço
Alimentação saudável: Dicas rápidas
8 dicas para aliviar o inchaço na gravidez
Conheça os benefícios da fitoterapia para a saúde
Saiba os benefícios da vitamina C contra riscos cardiovasculares