A hanseníase, popularmente conhecida como lepra, é uma doença não hereditária que afeta o sistema imunológico da pessoa. Pode ser descrita ainda como uma patologia contagiosa de manifestação cutânea, mas, que, no entanto, pode também atingir os olhos e nervos periféricos, podendo, de forma eventual, também chegar a outros órgãos do corpo humano.
Como se dá a transmssão da hanseníase
Ainda que seja uma doença que se manifesta na pele, a verdade é que a transmissão da hanseníase ocorra por meio de secreção expelida por meio de tosse e espirro, bem como pelo ar que saem das vias aéreas superiores e por gotículas de saliva.
Ao penetrar no organismo, a bactéria desencadeia uma luta com o sistema de defesa. Dependendo do resultado dessa batalha, após um período de incubação prolongado, que pode variar de seis meses a seis anos, o indivíduo poderá desenvolver ou não a hanseníase.
Sintomas da doença
A doença desencadeia sintomas diversos como, por exemplo, sensações de formigamento, fisgada ou dormência nas extremidades. Além disso, surgem também manchas brancas e avermelhadas na pele, seguida pela perda da sensibilidade. Também é perceptível a perda da força muscular, resultando em uma consequente dificuldade para segurar objetos.
No passado, a hanseníase era causa de muitas mutilações – fato pelo qual a doença leva a muitos estigmas históricos. Essas mutilações se davam pela falta de tratamento, o que pode fazer com que o organismo entre em ação de vulnerabilidade, levando o bacilo bacteriano causador da doença a se espalhar pelo corpo. Assim, se torna incontrolável e afeta a pele, os olhos, os nervos e também os órgãos internos.
Se reagir com muita agressividade ao sistema imunológico da pessoa, o bacilo bacteriano pode vir a provocar feridas na pele, além de lesões neurais que resultam em um efeito de mãos em garra ou, ainda, na perda de alguns ou de todos os dedos, bem como perda das mãos ou de outras partes do corpo – a conhecida mutilação característica da lepra.
Outro efeito resultante da doença está no comprometimento da sensibilidade nas partes do corpo acometidas pelas manchas. Essa perda de sensibilidade faz com que o paciente não sinta dor quando exposto a ferimentos. Ao não perceber os ferimentos, a pessoa acaba ficando vulnerável à falta de tratamento, o que serve de porta de entrada para infecções.
A hanseníase na atualidade
No entanto, a realidade atual é outra: a hanseníase tem cura e o tratamento pode ser feito nas unidades de saúde de todo o Brasil, além de ser gratuito. A cura é mais fácil e rápida, de acordo com a rapidez com que haja o diagnóstico. O tratamento se dá por via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia.
É importante que se divulgue junto à população os sinais e sintomas da patologia e a existência de tratamento e cura, através de todos os meios de comunicação. A prevenção baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!