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Anticoncepcional de uso contínuo pode oferecer riscos à saúde? Entenda

Por Redação Doutíssima 13/08/2014

Muitas mulheres sofrem durante o período da menstruação. Elas podem sentir fortes dores, mal-estar, além de vários outros sintomas. Uma das formas de evitar que isso aconteça é aderir ao anticoncepcional de uso contínuo, que acaba com os inconvenientes causados pela menstruação.

Porém, o seu uso acaba sendo um tabu no universo feminino, já que é associado a ele uma série de danos à saúde da mulher. Especialistas afirmam, no entanto, que o método é seguro e que, além disso, pode trazer benefícios extras em algumas condições.

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Prevenir a gravidez indesejada é benefício do anticoncepcional de uso contínuo. Foto: Shutterstock

Como anticoncepcional de uso contínuo funciona

A pílula anticoncepcional de uso contínuo inibe a menstruação. Por este motivo, ginecologistas indicam para pacientes que possuem cólicas muito intensas, um grande fluxo menstrual ou sofrem sensibilidade ou irritabilidade antes do período – o que conhecemos por tensão pré-menstrual, a famosa TPM.

O que muita gente não sabe é que o anticoncepcional, quando utilizado sem interrupções, atua sobre o organismo da mesma forma que o método convencional, no qual há uma pausa entre uma cartela e outra. A grande diferença está na dosagem: a pílula de uso contínuo não utiliza pausas e possui uma dose maior do hormônio estrogênio.

Por muito tempo, acreditava-se que menstruação era uma forma do corpo eliminar impurezas, mas nada mais é do que o resultado de uma falência reprodutiva. Já que o óvulo não foi fecundado, e o corpo expele este óvulo.  Quando se toma a pílula anticoncepcional de uso contínuo, não há ovulação e, assim, não existe nada para ser expelido pelo corpo.

Mitos sobre o anticoncepcional de uso contínuo

Uma das grandes questões pela qual mulheres evitam o uso contínuo do anticoncepcional é por acreditar que esse tipo de tratamento pode influenciar de alguma forma a sua fertilidade. Mas especialistas afirmam é isso não é verdade.

Seja um anticoncepcional de uso contínuo ou até mesmo o tradicional, não há um efeito acumulativo no corpo da mulher, já que eles agem apenas por 24 horas e, depois, são eliminados.

Por isso, não há nenhuma evidência científica de que a pílula de uso contínuo possa reduzir a taxa de fertilidade da mulher. Em certos casos, mostra-se que a taxa de fertilidade retorna com a suspensão do uso do anticoncepcional contínuo em um tempo semelhante ao da pílula convencional.

Anticoncepcional previne a endometriose

Prevenir a gravidez não desejada é apenas um dos benefícios do anticoncepcional de uso contínuo. Um estudo comprovou que este tipo de medicamento pode ser eficaz na prevenção da endometriose.

A endometriose é uma doença que atinge uma em cada dez mulheres no mundo todo. Através da pílula de uso contínuo, é possível tratar as dores e prevenir a recorrência da endometriose em mulheres que possuem ou já tiverem o problema.

Especialistas indicam que, além de atuar na prevenção e no combate à endometriose, o anticoncepcional de uso contínuo pode também diminuir os riscos de doenças, como câncer de ovário, câncer de endométrio. A pílula também evita o aparecimento de miomas e cistos de ovário.

 

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