Filhos

Namoro na infância: quando o romance precoce deve preocupar os pais

Por Redação Doutíssima 23/08/2014

É comum que as crianças se afeiçoem por outras na infância e confundam as coisas, transformando esses afetos em namoricos. Atualmente, o namoro na infância vem ocorrendo cada vez mais cedo, e é nessa hora que os pais têm um papel importante na orientação para que essa fase não se transforme em problema.

 

Namoro em caráter precoce

 

Foi-se o tempo em que o período da infância significava uma época de inocência, brincadeiras e ausência de responsabilidades. Assuntos como o namoro na infância são cada vez mais recorrentes. Psicólogos descrevem esse período de precocidade como uma “abreviação da infância”. Tudo é rápido e instantâneo, e isso fez com que começasse a parecer comum ver crianças de dez anos falando sobre os beijos que dão em seus namorados.

 

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Pais devem supervisionar filhos, que podem ver namoro como parte da imaginação. 

 

É preciso, sobretudo, ter cuidado para que o namoro na infância não signifique uma ultrapassagem da curiosidade típica infantil para a experimentação de toques e sensações. Quando a mente de uma criança – que deveria estar focada no lúdico e no aprendizado diário – volta-se de forma exagerada para questões do corpo e do sexo, é chegada a hora de se preocupar.

 

Namoro na infância tem vantagens e desvantagens

 

Assim como tudo na vida, os namorinhos durante a infância têm um lado bom e outro ruim. O bom é a parte do treino. A infância é o período em que treinamos as situações. Crianças costumam brincar de imitar profissões e aquilo que observam os pais fazendo. Então, podem brincar de papai e mamãe, por exemplo – e isso será apenas uma situação do imaginário infantil. No entanto, se a coisa ficar séria, pode ser um alerta de que algo está errado.

 

Levando tal situação em conta, não é aconselhável que os pais deixem os filhos brincarem com adultos ou mesmo coleguinhas, mais velhos ou não, sem um responsável por perto. Ou seja, a palavra de ordem é supervisão. O pequeno veio ao mundo e precisa que alguém lhe apresente as situações, e diga se farão bem ou não. Além do mais, na companhia de um adulto, fica difícil que a criança seja enganada por estranhos.

 

Linguagem adequada para falar sobre o assunto

 

Quando o assunto ou a situação de namoro na infância surgir, é importante se deter em focar nos ensinamentos sobre relacionamentos e sexualidade, mantendo uma linguagem própria para uma criança. Isso é fundamental, visto que é importante que cada criança saiba sobre o seu corpo e sobre os limites que devem ser estabelecidos nessa fase da vida.

 

De qualquer forma, a forma mais efetiva de tratar sobre namoro na infância é, sem dúvidas, o diálogo com as crianças desde cedo. Isso permitirá que eles tenham segurança para perguntar a respeito de qualquer coisa e liberdade para contar suas experiências aos responsáveis – o que poderá evitar constrangimentos e até decisões que ponham seu filho em perigo. Uma boa dica para estabelecer esse vínculo pode ser através de histórias. Esse é um momento em que a mente da criança se abre para um diálogo.

 

 

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