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Teste do coraçãozinho é inovação para a saúde de seu bebê. Conheça!

Por Redação Doutíssima 12/07/2014

A oximetria de pulso, mais conhecida como teste do coraçãozinho, é o exame capaz de detectar precocemente cardiopatias graves, diminuindo o percentual de recém-nascidos que recebem alta sem o diagnóstico de problemas que podem levar ao óbito ainda no primeiro mês de vida.

Teste do coraçãozinho é indolor

O teste do coraçãozinho não causa dor nenhuma ao bebê e é usado para monitorar o nível de oxigênio no sangue. Quando os níveis forem inferiores a 95%, isso pode indicar a possibilidade de haver um defeito no coração do pequeno. Segundo estimativas, uma a cada cem crianças nasce com cardiopatia congênita.

Cardiopatia congênita grave não detectada pode levar à morte do recém-nascido. Foto: Shutterstock

Cardiopatia congênita grave não detectada pode levar à morte do recém-nascido. Foto: Shutterstock

Como é feito o teste do coraçãozinho

O exame deve ser realizado após as primeiras 24 horas de vida do recém-nascido, antes da alta da Unidade Neonatal. Para realizar o teste do coraçãozinho, é utilizado um sensor externo, chamado de oxímetro. O local da aferição deve ser no membro superior direito e em um dos membros inferiores.

Para a realização da aferição, é necessário que o recém-nascido esteja com as extremidades aquecidas. O teste do coraçãozinho pode ser realizado por um profissional de enfermagem e sua realização não dura mais que cinco minutos.

Análise do teste do coraçãozinho

Ao final do teste do coraçãozinho, se a saturação periférica indicar maior ou igual a 95% em ambas as medidas dos dois membros e diferença menor de 3%, o resultado é considerado normal.

Porém, caso qualquer medida da seja menor que 95% ou houver uma diferença igual ou maior que 3% entre as aferições do membro superior direito e membro inferior, um novo teste deverá ser realizado após uma hora. Caso o resultado se confirme, um ecocardiograma deverá ser realizado dentro das 24 horas seguintes.

Limitações do teste do coraçãozinho

O teste do coraçãozinho apresenta certas limitações, ou seja, algumas cardiopatias críticas podem não ser detectadas por meio do exame, principalmente aquelas do tipo coartação de aorta.

Dessa forma, a realização do teste do coraçãozinho não descarta a necessidade de fazer um exame físico minucioso e detalhado em todo recém-nascido, antes da alta hospitalar.

O ideal é que todas as gestantes tivessem acesso ao ecocardiograma fetal, que poderia dar o diagnóstico durante a gestação e, assim, permitir uma programação de parto e cirurgia em um hospital preparado para receber os pacientes mais graves. Porém, este tipo de exame é muito caro e se torna inviável para muitas pessoas.

Por sua vez, o teste do coraçãozinho tem um custo muito baixo, já que utiliza apenas um aparelho, existente em todas as maternidades e hospitais e que também é utilizado também para monitorar os pacientes, principalmente os que estão na Unidade de Terapia Intensiva.

Eficácia do teste do coraçãozinho

Estudos publicados recentemente comprovaram a eficácia do teste do coraçãozinho. Diversos países do mundo todo já estão o adotando para salvar vidas, já que uma cardiopatia congênita grave não detectada pode levar à morte do recém-nascido em poucas horas ou dias.

A partir de junho de 2014, o teste do coraçãozinho se tornou obrigatório no Brasil, para realização pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A determinação do Ministério da Saúde para realizar o exame em recém-nascidos, em toda rede pública, foi publicada no Diário Oficial da União.

 

 

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