Nos últimos dias, foram noticiadas diversas ocorrências de internação de jovens após elas tomarem a vacina contra HPV – e como esperado isso desperta preocupações na população. Muitos questionam se o método é realmente eficaz e se, de fato, há algum risco em tomar a vacina. Saiba mais sobre o assunto nesse artigo e tire suas dúvidas.
Prevenção com a vacina contra HPV
Atualmente, o HPV não tem cura. Existem tratamentos apenas destinados às manifestações do vírus do papiloma humano, como as verrugas ou as lesões, e é de acordo com elas que o médico prescreverá a solução. É possível, porém, prevenir o HPV. E atualmente o método prevenção que mais se comenta é a vacina contra HPV.
A vacina foi criada em 2006, na Austrália. Atualmente, mais ou menos 50 países a utilizam e a colocam como parte de seus programas de imunização, constituindo-se política de saúde pública. Aproximadamente 170 milhões de doses já foram aplicadas em todo o mundo.
Quanto à eficácia, os resultados são bem positivos, já que nos Estados Unidos, por exemplo, a incidência de HPV foi reduzida à metade, ao passo que na Austrália esse número foi ainda mais expressivo, alcançado o patamar de 90%. Não há dúvida, portanto, quanto à eficácia da vacina contra HPV.
O que tem causado mais preocupação, porém, são os efeitos colaterais que a vacina contra HPV pode apresentar – o que vem sendo amplamente noticiado nos últimos dias. Alguns médicos acreditam que essa vacina seja responsável por algumas condições graves, atacando inclusive o sistema neurológico das pessoas que recebem as doses.
A maior parte dos médicos, no entanto, afirma que não há nada que vincule a vacina contra HPV aos efeitos colaterais graves e que há na verdade casos isolados – como o de meninas que perderam movimentos. Ou seja, os riscos seriam os mesmos inerentes a outras vacinas.
O que é o HPV
O vírus do papiloma humano, popularmente conhecido como HPV, é uma espécie de vírus que pode atacar tanto os homens como as mulheres. E se diz espécie porque existem em torno de 100 tipos de vírus do papiloma humano, dos quais aproximadamente 40 deles afetam a zona genital e anal dos seres humanos.
O grupo do HPV que preocupa é aquele classificado de alto risco de causar câncer, e nele se encontram mais ou menos 15 espécies do vírus. Eles podem produzir verrugas, mas principalmente se associam a lesões pré-cancerosas, que podem evoluir, de forma lenta, até resultar em um câncer.
O câncer mais comum causado pelo HPV é o câncer de colo de útero nas mulheres. Existem notícias também de câncer de pênis e do ânus causado por esse grupo de vírus, embora eles sejam menos frequentes.
Como se transmite o HPV
A transmissão do HPV se dá através do contato sexual. É um vírus de fácil propagação e, pior ainda, muito comum. Você sabia que é estimado que quatro entre cinco pessoas irá pegar algum dos vários tipos de HPV em algum momento da sua vida?
Mas ter o HPV não significa que ele irá se manifestar. Normalmente as manifestações se curam sozinhas e apenas em 5% dos casos é preciso intervenção médica.
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