Fertilidade

Famosas aderem à ideia de congelar óvulos. Veja como funciona

Por Redação Doutíssima 12/10/2014

A ideia de congelar óvulos tem se tornado cada vez mais popular, especialmente após ter conquistado algumas famosas pelo mundo.  A cantora, modelo, socialite e empresária americana Kim Kardashian já admitiu ter realizado este tipo de armazenagem em laboratório.

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Método garante possibilidade de mulheres terem filhos por mais tempo. Foto: iStock, Getty Images

O mesmo fez a modelo e atriz da série de TV Modern Family Sofia Vergara, nascida na Colômbia. Outra celebridade que confessou congelar óvulos é a atriz greco-americana Maria Menounos. Em território verde-amarelo, a apresentadora Luciana Gimenez é a ilustre que divulgou recentemente ter aderido à técnica.

Por que congelar óvulos?

O motivo que parece ter levado as famosas a congelar óvulos é o mesmo: ao reservar amostras do que é produzido nos ovários, a mulher prolonga o período de possibilidade de ser mãe.

Há mulheres que pensam em congelar óvulos para postergar a maternidade por conta da carreira. Outras optam por aderir ao procedimento por não terem encontrado o parceiro ideal, mas não descartam a maternidade após os 40 anos – idade que precede a menopausa e marca a redução das chances de engravidar entre as mulheres.

Congelar óvulos é igualmente uma alternativa às mulheres que precisam se submeter à retirada de ovário em razão de patologias, ou então àquelas que pretendem fazer doações a bancos de óvulos.

Congelar óvulos e a fertilidade da mulher

A fertilidade feminina está diretamente ligada à idade. Ao nascer, estima-se que a mulher tenha ao redor de sete milhões de óvulos. Após a primeira menstruação, essa quantidade é reduzida para 500 mil. Após os 40, calcula-se que o número de óvulos seja inferior a 25 mil.

O envelhecimento, além de diminuir a quantia, provoca a perda da qualidade dos óvulos, que passam a apresentar maior dificuldade de fecundação.

O processo de congelamento consiste em induzir a mulher à ovulação a partir da administração de hormônios. Na sequência, ocorre a punção aspirativa transvaginal para a retirada dos óvulos. Este procedimento é feito em centro cirúrgico e, como outros tipos de operações, possui os riscos da anestesia.

Já fora dos ovários, os óvulos são dispostos em recipiente com nitrogênio líquido, a menos 196ºC. Não há cortes, e a duração média do procedimento é de 15 minutos.

Em geral, os especialistas em reprodução humana procuram congelar em torno de 20 óvulos. Não há consenso sobre o tempo de duração deles após expostos a baixíssimas temperaturas, já que alguns cientistas crêem que a validade é indeterminada e outros apontam para uma validez de cinco a 10 anos.

Se decidir engravidar utilizando o material congelado, a fecundação será in vitro, isto é, o sêmen do homem será colhido e o esperma injetado no óvulo. Depois de formados os embriões, que devem evoluir por três dias, eles são transferidos para o corpo da mulher. A probabilidade de gravidez gira em 40%, a mesma da fertilização com óvulos não-congelados.

O preço para congelar óvulos varia de acordo com as clínicas. Mesmo assim, a média fica em torno dos 15 mil reais.

Com a expansão feminina no mercado de trabalho, a maternidade tem ocorrido cada vez mais tarde. Portanto, o congelamento é uma alternativa para as mulheres que não querem abrir mão de serem mães, mas que para isso querem estar financeiramente estáveis.

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