Mulheres portadoras do HIV, o vírus da AIDS, possuem 10 vezes mais chance de desenvolver também o HPV, vírus que causa o câncer de colo do útero. Essa é a conclusão de um estudo realizado pelo pesquisador Howard Strickler, do Albert Einstein College of Medicine de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
O resultado da pesquisa aponta para uma relação entre a imunodepressão e o desenvolvimento do HPV em mulheres.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o HPV é uma das doenças sexualmente transmissíveis de maior incidência e prevalência no mundo. Estimativas indicam que uma em cada cinco mulheres seja portadora do vírus.
Risco na baixa imunidade do portador do HIV
Um modo de diminuir a incidência é realizar os exames preventivos. As pessoas que possuem o HIV já estão com a imunidade baixa e, por esse motivo, se gera um campo mais propício para o HPV se desenvolver.
O HPV é um vírus que age de maneira silenciosa, sem sintoma aparente. Por isso, é necessário que as mulheres busquem fazer com regularidade o exame de papanicolau, que é o modo de descobrir a sua presença. O ideal é que esse exame seja feito de seis em seis meses. Se o resultado for negativo, passe a fazer uma vez por ano.
Mas as mulheres soropositivas, ou seja, que possuem o vírus HIV, precisam ter uma prevenção ainda maior. É necessário que elas se consultem regularmente com um infectologista e um ginecologista. Esses profissionais vão ajudar a manter o organismo da paciente em equilíbrio, longe do HPV.
Cuidados preventivos são fundamentais
Atualmente, existem vacinas contra o HPV e que tem se mostrado efetivas na função de prevenção. É importante que mulheres portadoras do HIV façam a vacina contra o HPV.
Mesmo o HPV sendo uma doença ligada ao sexo feminino, os homens também podem apresentar DSTs. É o caso das verrugas que surgem no pênis e no ânus. Entretanto, como são visíveis, acabam sendo mais fáceis de tratar.
Diferente do HPV, as lesões não são silenciosas, permanecendo em evidência. Quando surgir qualquer sintoma e o aparecimento de uma verruga, o homem precisa imediatamente procurar um médico para que possa tratar a doença.
O HPV pode ser tratado, mas nada indica que ele não volte depois. Por isso, é necessário que sejam feitos exames rotineiros, tanto em homens quanto mulheres. Dessa forma, se há alguma doença presente, ela pode ser tratada há tempo de ser controlada.
Diferenças entre HIV e HPV
A diferença básica entre HIV e HPV é que os portadores do vírus da AIDS possuem a doença para o resto da vida, tendo que tomar medicações e cuidar dessa condição. Mas o HPV também pode gerar muitos riscos e, por vezes, se tornar uma doença difícil de tratar – como em casos de câncer.
Além de fazer exames regularmente é importante que as pessoas utilizem preservativo em todas as suas relações sexuais. Muitas vezes, o parceiro pode nem saber que tem uma doença sexualmente transmissível e acabar transmitindo o vírus.
Uma vez infectado com o HIV, não há mais como se livrar da doença. Homens e mulheres precisam se conscientizar desse fato e terem responsabilidade na hora do sexo, optando sempre pela segurança.