O reto é a porção final do intestino grosso. Trata-se do conduto de comprimento médio de 15 centímetros que possui conexão com o canal anal e que tem por tarefa acumular as fezes para a absorção final de nutrientes antes de eliminá-las do organismo.
Quando se fala de doenças que podem ocorrer na região, uma das que mais preocupa é o tumor no reto. Este tipo de câncer mata quase 15 mil pessoas por ano no Brasil e a expectativa, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é de que mais de 30 mil novos casos sejam registrados anualmente no país.
Via de regra, a ocorrência de câncer na região tem início a partir de pólipos ou lesões na parede interna do intestino grosso. Uma forma de evitar que os danos se desenvolvam para tumores é a detecção e a retirada dos pólipos antes que se tornem malignos. E para ter este tipo de cuidado, fique atento às dicas:
Como se precaver contra o tumor no reto
– Idade
Depois dos 50 anos, as chances de ser acometido por tumor no reto aumentam. Mais de 90% dos casos são diagnosticados após a quinta década de vida.
– Histórico pessoal de pólipos ou câncer colorretal
Pré-existência de adenomas amplia o risco de câncer colorretal, sobretudo quando se tratam de pólipos grandes ou em quantidades significativas. Pessoas que já trataram casos de tumor no reto, ainda que completamente extraído, tendem a desenvolver novos tipos de câncer em outras regiões do cólon e do reto.
– Histórico pessoal de doença inflamatória intestinal
Pessoas com colite ulcerativa e doença de Crohn, por exemplo, têm mais probabilidade de desenvolver câncer colorretal.
– Histórico familiar de câncer colorretal
Em torno de 20% dos que registram a enfermidade afirmam ter outros membros da família afetados por câncer na região em algum momento.
– Síndromes hereditárias
Por volta de 5% a 10% das pessoas que apresentam câncer colorretal herdaram modificações genéticas que desencadeiam a doença. As síndromes mais comuns de ordem genética são a polipose adenomatosa familiar, o câncer colorretal hereditário sem polipose, a Síndrome de Gardner, a Síndrome de Turcot, a Síndrome de Peutz-Jeghers e polipose MUTYH.
– Etnia
Ainda não se sabe por que, mas indivíduos negros têm maior prevalência de câncer colorretal.
– Diabetes tipo 2
Estudos comparativos sugerem que pacientes com diabetes tipo 2 têm mais chances de vivenciar câncer colorretal.
– Hábitos
Estilos de vida inadequados têm sido ligados à incidência de tumor no reto. Dietas inapropriadas, sobrepeso e sedentarismo são apontados como fatores de risco para o aparecimento de diversas variações cancerígenas, inclusive a colorretal. O consumo frequente de carne vermelha ou alimentos processados pode aumentar os riscos.
– Trabalho noturno
Estudos já sinalizaram que trabalhar à noite por pelo menos três vezes no mês no período de 15 anos pode expandir o risco de tumor no reto, especialmente em mulheres. Acredita-se que as alterações nos níveis de melatonina no organismo tenham a ver com a questão.
– Tratamento prévio de câncer
Quem já precisou passar por tratamentos com radioterapia devido a tumores na região, como cânceres de próstata ou testículo, tem mais chances de desenvolver câncer no reto.