Gestante

Tabagismo na gravidez: entenda quais são os riscos

Por Redação Doutíssima 10/11/2014

Que fumar faz mal à saúde não é novidade para ninguém. Entre os diversos males causados pelo cigarro estão doenças muito sérias, como enfisemas pulmonares, doenças cardíacas e câncer, entre outras. Mas e quando o hábito de fumar pode prejudicar diretamente outra pessoa?

O tabagismo na gravidez é muito prejudicial e pode provocar o nascimento de bebês abaixo do peso e prematuros, hemorragias e complicações com a placenta e até mesmo abortos espontâneos.

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Uso de cigarro durante a gestação é prejudicial para mães e bebês. Foto: iStock, Getty Images

A gestante que opta por não abandonar o vício precisa estar ciente dos males provocados pelo tabagismo na gravidez. Tudo que entra na corrente sanguínea da mãe também é absorvido pelo feto, ou seja, o bebê fuma junto com a mãe.

As altas doses de monóxido de carbono que são tragadas com o cigarro têm efeito devastador, sendo ainda pior nos primeiros meses da gestação, pois a criança está em formação. A nicotina do cigarro ainda dificulta que o feto receba todos os nutrientes e oxigênio necessários, o que pode causar problemas graves.

Tabagismo na gravidez: perigos para a mãe

Não é apenas a criança que sofre os problemas causados pelo cigarro. A nicotina presente no cigarro provoca estreitamento nos vasos sanguíneos. A gravidez naturalmente aumenta a pressão das veias abdominais, deixando as pernas com fluxo menos intenso.

A combinação dessa pressão alterada com o estreitamento das veias pode causar coágulos no sangue, também chamados de trombose, um dos principais riscos do tabagismo na gravidez para a mãe.

A formação desses coágulos não se resume a problemas nas pernas, e pode evoluir para situações mais sérias. O coágulo pode se desprender e ir para o pulmão, causando dor ao respirar e caracterizando uma embolia pulmonar.

A gravidade do quadro se dá em relação ao tamanho do coágulo. Outra situação muito séria é a trombose na placenta, que é a formação de coágulos nesta região, deixando a placenta sem condições de levar oxigênio e nutrientes para o bebê, podendo causar a sua morte.

Tabagismo na gravidez: perigos para o bebê

Entre as graves sequelas deixadas pelo tabagismo na gravidez, a criança pode nascer já com dependência química da nicotina. E isso não é o pior. A mãe fumante pode aumentar o risco de câncer infantil, já que o cigarro é associado diretamente ao aumento da incidência da doença.

A mãe que é fumante passiva (aquela que não fuma, mas se expõe a fumaça e acaba inalando as toxinas do cigarro) também prejudica o bebê.

Problemas de má formação e defeitos congênitos também estão associados ao consumo regular do cigarro durante a gravidez. Estudos já comprovaram que o hábito pode aumentar e favorecer defeitos de formação no sistema cardíaco, gastrointestinal e nos ossos.

Os médicos ligam os problemas ao fato de haver menos oxigenação nos tecidos fetais em decorrência do consumo do cigarro.

Problemas neurológicos e de comportamento também podem ter seus riscos ampliados pelo tabagismo na gravidez. Problemas no desenvolvimento da fala, falta de atenção, irritabilidade excessiva, falta de resposta a estímulos podem ser alguns dos problemas desencadeados e serão percebidos apenas na infância.

Tendência à obesidade é outro problema que pode afetar as crianças que tiveram uma mãe fumante, chegando a aumentar a chance em 50%.