Guia do Câncer

Veja como identificar o câncer de próstata maligno e conheça tratamentos

Por Redação Doutíssima 16/11/2014

Um dos tipos de câncer que mais leva homens à morte é o câncer de próstata maligno. Além de acometer um grande número de pessoas, um dos piores problemas é o diagnóstico tardio, pois a maioria dos tumores nesta região costuma ter evolução lenta.

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino e tem o tamanho de uma noz. Como em outros cânceres, este também se desenvolve pela reprodução desordenada das células.

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Cuidados com a doença envolvem prevenção a partir dos 45 anos. Foto: iStock, Getty Images

Alguns fatores devem ser considerados, e homens que os possuem devem ter o dobro de cuidados na prevenção desta doença. Histórico de câncer de próstata maligno na família, obesidade e tabagismo são um trio que indica perigo.

Quanto ao risco hereditário, o importante é ficar de olho e fazer acompanhamento, especialmente se o parente é de 1º grau. Em relação aos maus hábitos, como o de fumar, especialmente se tiver histórico de câncer na família é bom acender o sinal de alerta e rever suas prioridades.

Obesidade é outro risco eminente. Estudos indicam que dietas ricas em gordura são favoráveis ao câncer de próstata maligno, enquanto uma alimentação com fibras e alimentos com licopeno, como o tomate, diminuem as ocorrências da doença.

Sintomas e diagnóstico do câncer de próstata maligno

Para prevenir o avanço de doenças da próstata e câncer, todos os homens a partir dos 45 anos devem começar a realizar os exames preventivos, especialmente os que possuem risco genético de câncer de próstata maligno.

Nem todos os homens apresentam sintomas, ou então eles demoram muito tempo para surgir, geralmente quando o câncer já está mais avançado. Por isso a importância dos exames de toque retal e o exame de sangue que mede a dosagem do antígeno prostático específico ou PSA.

Entre os sintomas mais relatados pelos homens com câncer são: dificuldade para conseguir urinar ou sem fluxo intenso, necessidade de urinar com frequência acima do normal, especialmente à noite, urinar em jatos que começam e param, sentir dor ou queimação ao urinar, presença de sangue na urina ou no sêmen, anemia, perda de peso, ínguas de pescoço ou na região inguinal, dores na lombar e quadris, além de dificuldades ou falta de ereção.

Dores ósseas também podem indicar que já houve metástase, ou seja, a doença avançou. O câncer de próstata tende a se espalhar pelos ossos da coluna e região.

Tratamento do câncer de próstata maligno

O que vai designar o tipo de tratamento será o estágio do tumor. Fatores como idade do paciente, nível de PSA, o tipo e agressividade do câncer, também chamado de estadiamento do tumor, precisam ser levados em conta.

O câncer de próstata maligno pode estar localizado apenas na próstata, envolvendo órgãos adjacentes como a bexiga ou a vesícula ou já estar com metástases ósseas.

Para tumores localizados, as primeiras opções a serem consideradas são a prostatectomia radical (retirada através de cirurgia) e radioterapia. Para a doença em estágio inicial, estas técnicas são consideradas curativas. A radioterapia também pode ser aplicada aos tumores já fora da próstata, mas ainda sem metástases.

Quando há metástase, os tumores são tratados paliativamente com hormonioterapia, que faz o bloqueio hormonal inibindo a testosterona e quimioterapia com diferentes drogas.

Em pacientes com idade avançada, o médico pode optar por não ministrar tratamento, já que a progressão da doença ou as sequelas do tratamento não justificam a expectativa de vida que o paciente tem.