Dentro de uma banheira ou piscina, a mãe é imersa em água com temperatura entre 36ºC e 37ºC. Essa é praticamente a mesma quantidade de calor presente dentro da barriga, ou seja, o mesmo aquecimento no qual o bebê se encontra.
O parto normal na água pode ser feito em casa ou no hospital e dispensa anestesia. É realizado praticamente da mesma forma que o parto normal convencional. No entanto, envolve o nascimento dentro da água.
Parto normal na água é confortável ao bebê
Para o bebê, esse tipo de parto é ainda mais confortável e natural, porque ele continuará envolvido pela água, que já o acomodava na barriga da mãe. A temperatura também é próxima ao que ele estava sentindo, ou seja, ele estará em um ambiente semelhante ao que se encontrava.
Além disso, os riscos de o bebê se afogar são mínimos, já que durante o nascimento ele ainda respira através do cordão umbilical por cerca de 20 segundos, enquanto vai expandindo os pulmões aos poucos.
A temperatura da água não é apenas reconfortante para o bebê. Para a mãe, a água morna auxilia no alívio das dores das contrações, reduz o estresse e possibilita uma maior irrigação na corrente sanguínea, além de relaxar os músculos e facilitar a saída da criança.
É preciso tomar cuidado, porém, com o tamanho do bebê, que pode ser muito grande. A mãe também precisa estar confortável com a temperatura, ou o efeito relaxante pode ser o contrário, aumentando ainda mais a tensão e dificultando a respiração.
Para realizar o parto normal na água, pouco preparo é necessário. A banheira ou piscina deve estar previamente esterilizada e aquecida a uma temperatura entre 36ºC e 37ºC.
Sempre é recomendável a assistência de um médico, um enfermeiro ou técnico em enfermagem, deixando também preparada uma ambulância de unidade de tratamento intensivo (UTI) para o caso de emergência.
No Brasil, parto normal na água é pouco divulgado
Mesmo sendo menos doloroso e mais rápido que o parto normal comum, o parto normal na água é pouco difundido no país. Poucos hospitais oferecem esse procedimento, sendo mais corriqueiro médicos e enfermeiras, especializadas em obstetrícia, irem até a casa da gestante para auxiliar no nascimento da criança.
É imprescindível a participação de uma equipe médica competente para a hora do parto e também o socorro a postos caso algo dê errado.
O parto normal na água não é recomendado para mulheres que entram em trabalho de parto antes da hora (prematuro), que apresentam quadro de diabetes, que tenham problemas de sangramento e potencial hemorragia, tenham diagnosticado algum tipo de complicação prévia no feto, e estejam contaminadas por doenças causadas por vírus como HIV, hepatite ou herpes.
Além disso, é preciso não apresentar mecômio (fezes do feto) e cuidar se a criança não está muito grande ou a mãe precisa de algum tipo de monitoramento.
Pai pode participar
Uma das vantagens para os futuros pais é poder imergir junto com a mãe no parto normal na água. Assim, eles têm o primeiro contato com o filho logo após saírem do ventre. Se preferirem, também podem ficar de fora, auxiliando a equipe que realizará o parto.
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