Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, a gonorreia é uma doença sexualmente transmissível comum que, quando não é tratada devidamente, pode levar a complicações como infertilidade ou doença inflamatória pélvica.
Bactéria da gonorreia pode atingir o corpo
De caráter infeccioso, a doença, que tem como principal característica o corrimento semelhante ao pus que sai pela uretra, cresce e se multiplica facilmente em áreas quentes e úmidas do trato reprodutivo, como o cérvix, útero e tubos de falópio, na mulher, e na uretra tanto de homens quanto de mulheres.
A bactéria também pode crescer na boca, garganta, olhos e ânus, pois a prática de sexo oral e de sexo anal pode levá-la para a região anal e da orofaringe, resultando em obstrução do canal anal e alterações da voz.
Eventualmente a gonorreia se dissemina pela corrente sanguínea, agredindo as grandes articulações ou causando feridas na pele. Além disto, a doença também pode ser transmitida para a criança pela mãe durante o momento do parto.
Só que nem sempre a doença se manifesta gerando dor e desconforto na região pélvica. Em alguns casos, ela pode não apresentar nenhum sintoma, sendo descoberta somente por meio de exames de rotina.
Os sintomas da gonorreia normalmente começam a se surgir entre 2 e 10 dias depois da contaminação, sendo comum sentir ardor ou dor ao urinar, incontinência urinária, corrimento branco-amarelado, podendo haver inflamação das glândulas de Bartholin, dor de garganta e comprometimento da voz, faringite gonocócica, quando há relação íntima oral, e haver obstrução do canal anal, quando há relação íntima anal.
No entanto, cerca de 70% das mulheres não apresentam sintomas. Já o homem costuma apresentar quadros de febre.
Tratamento da gonorreia com antibióticos
Geralmente o tratamento para gonorreia é feito com o uso de antibióticos em dose única, sendo o mais indicado a Azitromicina. Entretanto, dependendo da gravidade da doença, o médico poderá optar pela indicação de antibiótico por 7, 10 ou 14 dias.
Em caso de doença disseminada pelo corpo, a indicação poderá ser por uma injeção de Ceftriaxona por 14 dias. Já se a infecção se manifestar de forma mais grave, atingindo o sangue do paciente, ele terá que ficar internado num hospital para um tratamento mais minucioso.
Durante a realização do tratamento, é de extrema importância que o parceiro também seja tratado e que não haja relações sexuais até a completa remissão da doença. Isto porque pessoas que tiveram gonorreia e receberam tratamento podem ser infectadas de novo se tiverem contato sexual com indivíduos infectados.
É importante ressaltar que a gonorreia não tratada pode atingir vários órgãos. Nos homens, por exemplo, a infecção alcança o testículo e o epidídimo e pode causar infertilidade.
Já na mulher, a doença pode chegar ao útero, às trompas e aos ovários e provocar um processo inflamatório que, além da infertilidade, é responsável por gerar uma complicação grave, às vezes, fatal, chamada doença inflamatória da pélvis.
Pessoas que diagnosticam gonorreia devem realizar testes para outras DSTs. Estima-se que cerca de metade das mulheres com a doença também se encontra infectada com clamídia, outra infecção sexualmente transmissível muito comum. Neste caso, o tratamento da clamídia é realizado juntamente com a infecção.
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