Saúde

Casos de endometriose têm tratamento: veja o que fazer

Por Redação Doutíssima 11/12/2014

Apesar de não haver dados oficiais, acredita-se que de 10% a 15%  das brasileiras em idade reprodutiva no Brasil sofram de endometriose. No mundo, elas somariam 180 milhões. Trata-se de uma condição caracterizada pelo deslocamento do endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero.

 

Entenda a endometriose

 

A endometriose só pode ser diagnosticada com exatidão em consulta ao ginecologista, que precisa realizar alguns exames para finalmente confirmar a disfunção. A doença ocorre quando parte do tecido ectópico fixa-se em outras partes da região pélvica como ovários, intestino, reto e bexiga.

endometriose

Endometriose é diagnosticada em consulta ao ginecologista. Foto: iStock, Getty Images

Dentre os sintomas da endometriose figuram cólicas intensas, sobretudo no período menstrual; dores durante as relações sexuais; desconforto ao urinar ou evacuar; perda excessiva de sangue nos dias de menstruação; fadiga; diarreia; náuseas frequentes e infertilidade.

 

A detecção da endometriose acontece geralmente por volta dos 30 anos, quando as mulheres percebem dificuldades para engravidar. O diagnóstico médico do problema só acontece em torno de cinco anos ou mais após os primeiros indícios da disfunção já que a maioria das mulheres só procura ajuda quando não conseguem engravidar.

 

A investigação da endometriose

 

Habitualmente, a mulher com suspeita de endometriose submete-se aos seguintes exames: avaliação pélvica, onde o médico identifica possíveis anormalidades nos órgãos reprodutivos; ultrassom, que, a partir de imagens, colabora à averiguação da presença de endometriomas, cistos associados ao distúrbio; ressonância magnética, fundamental na indicação de casos de endometriose profunda.

 

O médico faz ainda uma laparoscopia, onde através de uma abertura mínima na zona do abdômen faz uma varredura da cavidade abdominal em busca de pontos de formação de endométrio ou de cistos de endometriose. Quando percebe qualquer lesão suspeita, coleta amostras para análises laboratoriais.

 

O tratamento do problema pode requerer uso de medicação de controle da dor, o que inclui anti-inflamatórios não esteroides ou analgésicos; remédios que impeçam o agravamento da endometriose; cirurgia de remoção das áreas afetadas pelo tecido ectópico; e histerectomia para a retirada dos ovários.

 

A terapia mais adequada para cada paciente varia conforme a idade; a gravidade dos sintomas e da doença; considerando ainda se a mulher pretende ou não ter filhos.

 

Anticoncepcionais no controle da doença

 

O emprego de anticoncepcionais costuma ser prescrito pelos especialistas para o controle da endometriose. Isso porque, com a interrupção do ciclo menstrual, evita-se também que a enfermidade piore. Comprimidos e injeções de progesterona são igualmente sugeridos. Estes, contudo, podem ter efeitos colaterais que variam de ganho de peso a depressão.

 

Já no caso das intervenções cirúrgicas, a laparoscopia é um recurso que ajuda na cauterização dos focos de endometriose. A histerectomia, retirada de órgãos reprodutivos, é também uma alternativa terapêutica.

 

É encarada, contudo, como último recurso, somente cogitado quando a paciente não respondeu às demais tentativas de cura desta disfunção do aparelho reprodutivo feminino.  Enquanto o médico estuda a melhor maneira de lidar com cada caso, há algumas medidas que podem ajudar a administrar a dor pélvica ligada à endometriose:

 

1. Banhos

 

Tomar banhos quentes e usar bolsa de água quente na região pélvica – relaxa os músculos e contribuem para a minimização das cólicas

 

2. Confie no seu médico

 

Converse com o ginecologista para saber a melhor opção de analgésico quando as dores se tornarem insistentes. Estudos mostram que a prática de atividades físicas ajuda a amenizar os sintomas.

 

3. Exercite-se!

 

Pratique exercícios regularmente. Já há pesquisas que sinalizam que a prática de atividades físicas é útil na redução dos sintomas da doença.

 

 

 

 

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