Clínica Geral

Aprenda a identificar a blefarite e busque tratamento

Por Redação Doutíssima 14/12/2014

Com sintomas semelhantes ao de uma conjuntivite ou de um terçol, o que as vezes dificulta seu diagnóstico e prejudica o tratamento, a blefarite é um processo de inflamação crônico e persistente que ocorre na margem das pálpebras.

 

Ela é resultado do excesso de oleosidade nas pálpebras, que pode ocorrer devido a alterações hormonais, infecções bacterianas, excesso de gordura, dermatite seborreica (a caspa), entre outras causas, não tendo cura. No entanto, pode ser tratada com eficiência quando diagnosticada corretamente.

blefarite

Infecção nas pálpebras não tem cura, mas pode ser controlada. Foto: IStock, Getty Images

Secreção caracteriza blefarite

 

Quando ocorre um processo desta doença, acumula-se uma secreção junto dos cílios, que costuma causar coceira, lacrimejamento, vermelhidão e irritação tanto nas pálpebras quanto no próprio olho.

 

As pálpebras superiores e inferiores ficam cobertas por detritos oleosos em torno da base dos cílios que podem inclusive levar à perda dos mesmos.

 

Além disso, o mal funcionamento destas glândulas oculares causam uma alteração no processo lacrimal, ocasionando um quadro de olho seco.

 

As bactérias existentes na superfície da pele e do olho são consideradas as principais responsáveis pelo processo crônico da blefarite. Isto porque estas bactérias podem ganhar força quando o sistema imunológico estiver prejudicado, o que ocorre em situações de estresse e durante a manifestação de outras doenças.

 

As más condições de higiene e o excesso de oleosidade da pele também favorecem o aparecimento do processo inflamatório. Fatores ambientais como, por exemplo, a poluição atmosférica, a poeira e a falta de umidade em ambientes climatizados também podem ocasionar a doença.

 

Atualmente, estima-se que 15% da população mundial seja afetada pela inflamação, que atinge mulheres e homens de todas as idades, e que compromete a lubrificação dos olhos.

 

Além dos sintomas da inflamação, a blefarite pode levar à despigmentação dos cílios, a alterações da superfície da córnea e ao aumento do risco de infecções oculares, o que, por sua vez, pode limitar o uso de lentes de contato e interferir no pós-operatório de cirurgias oculares, causando abscessos no bordo das pálpebras.

 

Tratamento da blefarite

 

A infecção pode ser tratada de diversas formas. Assim sendo, cada caso deve ser avaliado pelo médico, com o intuito de escolher a abordagem terapêutica mais indicada. O tratamento dos casos leves e moderados de blefarite, por exemplo, geralmente é feito com o uso de pomadas (ou colírios) de antibióticos, associados ou não com corticoides.

 

Neste quadro ainda é indicado a aplicação de compressas mornas sobre as pálpebras fechadas durante dois a três minutos pelo menos duas vezes ao dia, pois este procedimento descola as escamas e detritos, além de solubilizar as secreções oleosas das glândulas sebáceas tarsais, prevenindo outras inflamações oculares.

 

Já diante de um quadro mais severo da doença, além do uso da pomada e das compressas mornas diárias, o médico deverá indicar o uso de medicamentos orais. Nestes casos, costuma-se empregar o uso de antibióticos por um determinado período, que dependerá da resposta dada ao tratamento.

 

Além do tratamento, é importante adotar alguns cuidados no dia a dia. Entre eles, evitar fumaça, vento, uso de lentes de contato, maquiagem nos olhos e consumo de álcool. Também procure não coçar o olho, pois este hábito pode agravar tanto os sintomas da blefarite como desencadear graves problemas oculares.

 

Quem convive com seborreia no cabelo ou sobrancelhas devem ficar atentas ao controle e não coçar para evitar que a caspa caia sobre as pálpebras. A limpeza diária das pálpebras também é fundamental.

 

 

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