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Veja o que você pode fazer para evitar o Mal de Parkinson

Por Redação Doutíssima 17/12/2014

O mal de Parkinson é uma enfermidade neurológica que atinge o sistema nervoso central e compromete os movimentos do paciente. É caracterizada pelo início assimétrico da tríade: tremor, rigidez e bradicinesia – lentidão anormal nos movimentos – e ocorre devido à morte progressiva de neurônios dopaminérgicos.

 

A doença foi descrita pela primeira vez em 1817 pelo médico inglês James Parkinson e a estimativa é de que uma prevalência seja de 100 a 200 casos a cada 100 mil habitantes. No Brasil, cerca de 200 mil pessoas têm a doença, segundo pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

 

mal de parkinson

Doença compromete os movimentos do paciente e ocorre  no sistema nervoso central. Foto: iSTock, Getty Images

Mal de Parkinson prevalece após os 50 anos

 

A idade avançada é considerada um dos principais fatores de risco para o surgimento do mal de Parkinson – de 1 a 3% da população acima dos 65 anos têm a doença. Na maioria dos pacientes, o mal surge a partir dos 55 anos e a prevalência aumenta a partir dos 70 anos.

 

Mas, há casos descritos de pessoas com idade entre 30 e 40 anos que já manifestaram a doença. A hereditariedade é considerada um fator de risco, mas acontece em raras ocasiões.

 

Não há exames de laboratório ou de imagem capazes de precisar um diagnóstico da mal de Parkinson. A constatação da doença é feita a partir de exame clínico minucioso observando a manifestação dos sintomas.

 

O tremor, principal característica associada à doença, no entanto, não é considerado o principal sintoma. Durante o exame clínico, o médico pode encontrar outra origem para os tremores e descartar a possibilidade da doença.

 

Além do tremor, rigidez e bradicinesia, outros sintomas como anormalidades posturais, rigidez do tipo roda denteada (quando o movimento das articulações acontece em saltos), diminuição do tamanho das letras ao escrever, redução da mímica facial e marcha acelerada com passos curtos também são sintomas do mal de Parkinson.

 

Entre os sinais não-motores estão alterações do olfato, depressão, transtornos do sono, mudanças emocionais, distúrbios da fala, constipação, sialorreia (perda não intencional de saliva pela cavidade oral) e dificuldades de mastigação e deglutição.

 

Os tratamentos para o Mal de Parkinson ainda não são capazes de promover a cura do paciente, mas conseguem reduzir a intensidade dos sintomas, bem como retardar o surgimento de muitos deles.

 

As orientações não-farmacológicas envolvem cuidados gerais com a alimentação, fisioterapia e fonoterapia, bem como educação sobre a doença e apoio psicológico ao paciente e às pessoas com quem ele convive.

 

Prevenção ao Mal de Parkinson

 

Sem ter a origem bem esclarecida pela ciência, o Mal de Parkinson ainda é um dos desafios em termos de prevenção. Descobertas recentes, entretanto, mostram que depressão e insônia ao longo da vida são não apenas fatores de risco, mas também sintomas iniciais da doença. Daí a importância de tratar e acompanhar a evolução de ambos os transtornos.

 

Os pesquisadores também já conseguiram relacionar o café, a alimentação e o exercício físico à prevenção do Mal de Parkinson. A cafeína teria a capacidade de atuar na melhora do sintomas e também agir de forma preventiva.

 

A alimentação balanceada pobre em gordura animal e rica em alimentos chamados de antioxidantes, como os legumes, as frutas e os peixes, ajudam a proteger o cérebro, assim como os exercícios. Atividade física regular incentiva a produção de diversas substâncias capazes de dar vitalidade aos neurônios.

 

 

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