Muitos estados brasileiros já possuem leis que proíbem o consumo de cigarros em ambientes fechados. Mas apesar disto, muitas pessoas ainda são obrigadas a conviver com outras que possuem o hábito de fumar, o que as leva ao quadro de fumante passivo.
O tabagismo passivo corresponde à exposição de pessoas não fumantes ao ar contaminado pela fumaça do cigarro. Assim sendo, um fumante passivo também está exposto a alguns dos variados males associados ao cigarro.
Fumante passivo, mesmo sem o hábito de fumar
Como já dito, uma pessoa é considerada um fumante passivo quando, mesmo sem o hábito de fumar, fica exposta, com frequência, ao ar infestado pela fumaça do tabaco, sendo que este ar é composto tanto pela fumaça que emana do cigarro quanto pela que a pessoa solta após tragá-lo.
O cigarro em combustão libera mais de 4 mil substâncias químicas, capazes de irritar os olhos e as vias respiratórias. Além disto, a fumaça do cigarro contém mais de 50 agentes capazes de provocar câncer no ser humano e nos animais.
Não existe nenhum nível seguro de exposição ao tabagismo passivo. Muito pelo contrário, pois alguns estudos indicam que esse ar contaminado pela fumaça do tabaco é ainda mais prejudicial que a fumaça que o fumante ativo coloca para dentro dos seus pulmões, porque possui maiores concentrações das substâncias prejudiciais à saúde contidas no cigarro.
Mesmo pequenas exposições à fumaça do tabaco podem trazer riscos à saúde, aumentando a ocorrência de doenças e a mortalidade. Quem fuma passivamente normalmente também apresenta alguns problemas imediatos, como irritação nos olhos, no nariz, na garganta ou nos pulmões.
Dependendo da tolerância da pessoa à fumaça do cigarro, é possível também a presença de dor de cabeça e náuseas. Além disto, o fumante passivo apresenta mais alterações respiratórias e cardíacas se comparado com pessoas que não convivem com o ar contaminado pela fumaça do tabaco.
O fumante passivo e o ambiente
Alguns dos principais locais de risco para o fumante passivo são a residência e o ambiente de trabalho, sendo que a intensidade da exposição dependerá da quantidade de cigarros fumados, do tamanho do local, da circulação do ar no ambiente e da duração do tempo de exposição.
No entanto, em restaurantes, bares e casas noturnas o índice de exposição à fumaça do cigarro também é elevado, pois mesmo que estes locais disponham de espaços reservados para fumantes, com ventilação adequada, a concentração de agentes tóxicos no ar é muito elevada.
Estudos ainda mostram que o fato de alguém viajar por apenas uma hora em um carro com um fumante o expõe ao risco do tabagismo passivo. Fumantes no carro, ou em outros veículos, são uma potencial ameaça à saúde dos outros passageiros. A exposição sofrida pelo fumante passivo aumenta também o risco de perda da visão, por degeneração da retina.
No que se refere às crianças, o problema é ainda maior. Caso elas se enquadrem como fumantes passivos, a chance de desenvolverem uma pneumonia, bronquite e asma são potencializadas. No caso de mulheres grávidas que fumam, o feto pode ser considerado um fumante passivo, o que pode causar uma série de problemas ao longo da gravidez e no parto.
As principais doenças que ameaçam o fumante passivo são o câncer de pulmão, infarto e enfisema pulmonar. Por isto, se proteja da exposição passiva à fumaça do cigarro, pois esta medida é fundamental para se evitar doenças pulmonares, cardiovasculares e o risco de mortalidade.
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