A esquizofrenia infantil é uma doença que se manifesta através de crises de psicose. Essas crises são caracterizadas por alucinações, delírios, desleixo com a higiene pessoal, distanciamento emocional e pensamentos contínuos de perseguição. Para o esquizofrênico, ele é vítima de um plano maligno organizado por outras pessoas para destruí-lo.
Essa doença pode ser causada por fatores genéticos e, também, por fatores ambientais. O risco de desenvolvimento de esquizofrenia é maior quando se tem um parente em primeiro grau que já apresentou esquizofrenia.
Esquizofrenia precisa de atenção aos sintomas e acompanhamento de psiquiatra. Foto: iStock, Getty Images
Como se manifesta a esquizofrenia infantil ?
A criança com esquizofrenia infantil antes dos cinco anos de idade apresenta características muito semelhantes ao autismo, por isso é difícil diferenciá-las. A partir dos cinco anos, naturalmente, a criança começa a apresentar crises psicóticas, como alucinações e delírios.
Apesar das dificuldades do diagnóstico, é possível notar mudanças sutis no comportamento da criança que tem esquizofrenia. Crianças que antes se relacionavam bem com outras pessoas, passam a ficar mais tímidas e fechadas no próprio mundo. Os professores, nesse caso, têm um papel importante, pois podem ser os primeiros a notar essa mudança de comportamento.
Como a esquizofrenia se manifesta de maneira diferentes de criança para criança, algumas ainda podem se tornar obcecadas pelos pais e expressarem medos estranhos.
Como lidar com a esquizofrenia infantil?
Crianças ou adolescentes que manifestam esquizofrenia precisam de acompanhamento de psiquiatra, que organizará o tratamento mais indicado para o caso, juntamente com profissionais de outras áreas.
Para a esquizofrenia infantil, normalmente, são indicados, como tratamento, terapia familiar, planejamento de atividades escolares e, possivelmente, medicação.
É importante ficar atento aos sintomas de esquizofrenia que a criança pode apresentar, como falta de cuidado com a higiene pessoal, hábitos inusitados para realizar refeições, agitação, não conseguir organizar o pensamento de maneira lógica e mau desempenho escolar.
Um pouco mais sobre esquizofrenia em crianças
A esquizofrenia apresenta dois tipos de sintomas gerais, os produtivos e os negativos. Os sintomas produtivos são chamados assim porque respondem melhor ao tratamento. Dentre os sintomas produtivos, estão as alucinações, os delírios e principalmente as vozes que atuam de forma imperativa sobre o paciente.
Os sintomas negativos são nomeados assim por se manifestarem mais no íntimo da pessoa e, por isso, são mais resistentes ao tratamento. Desleixo pessoal, olhar perdido, distanciamento emocional e demonstração de emoções que não condizem com a situação são características dos sintomas negativos.
Os sintomas produtivos e negativos podem se manifestar tanto na esquizofrenia infantil, quanto na esquizofrenia que atinge adultos.
Essa doença não faz distinção, por exemplo, de classe social e atinge menos de 1% da população mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a esquizofrenia atinge cerca de 52 milhões de pessoas em todo mundo. Estima-se que, no Brasil, sejam atingidas 1,8 milhão de pessoas.
A doença não impede a criança ou o adolescente de continuar com suas atividades escolares, desde que seja preservada a vontade de manter contato social com as demais pessoas. Além disso, as crianças e os adolescentes que desenvolvem esquizofrenia infantil precisam de um acompanhamento escolar diferenciado.
Ao longo do tratamento, o paciente vai amadurecendo e, assim, pode aprender a identificar os sintomas que antecedem as crises psicóticas e pedir ajuda. Nestes casos, o psiquiatra avalia os medicamentos que estão sendo utilizados e, se for necessário, muda a medicação.
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