Fertilidade

Saiba como e quando recorrer ao congelamento de embriões

Por Redação Doutíssima 25/03/2015

Atualmente, muitas mulheres estão decidindo ter filhos em idade mais avançada e, para isso, muitas vezes recorrem ao congelamento de embriões. Você sabe como ele funciona?

 

No Brasil, dados do Sistema Nacional de Produção de Embriões, ligado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), revelam que, em 2013, foram congelados 38.062 embriões nas clínicas de reprodução assistida no país.

 

A fertilidade feminina pode diminuir com o avanço da idade, principalmente depois dos 35 anos, e o congelamento de embriões, ou criopreservação de embriões, é uma forma de amenizar o efeito do tempo. Porém, esse não é o único método de fertilização in vitro, o que causa um pouco de dúvida na hora de escolher o procedimento correto.

 

Cientistas da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, em parceria com uma clínica brasileira, revelaram que a fertilização in vitro realizada com um embrião congelado tem 50% de se tornar uma gravidez de sucesso. Com exemplares frescos, a taxa é menor, de aproximadamente 38%.

 

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Congelar embriões é alternativa para gravidez com método de fertilização in vitro. Foto: iStock, Getty Images

Congelamento de embriões e de óvulos

 

Existem muitas técnicas de reprodução assistida, entre elas, o congelamento de óvulos e de embriões para a fertilização in vitro. Porém, há várias diferenças importantes entre a citopreservação de óvulos e embriões.

No primeiro caso, há o congelamento de óvulos antes da fertilização, enquanto que, no segundo, o óvulo já está fecundado em laboratório pelo espermatozoide.

As taxas de gravidez com o uso de embriões são mais elevadas do que aqueles que utilizam óvulos. Isso acontece porque apenas alguns óvulos sobrevivem ao processo de congelamento e descongelamento para serem fertilizados.

O embrião, ao contrário, tende a ser mais resistente, pois é um óvulo já fecundado. No entanto, os candidatos para o congelamento de embriões e o congelamento de óvulos são diferentes.

Mulheres com um doador de esperma disponível são candidatas ao congelamento de embriões. Já aquelas que não possuem um doador devem recorrer ao congelamento de óvulos.

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Fertilização in vitro é opção para realizar sonho da maternidade. Foto: iStock, Getty Images

Quando o congelamento de embriões é indicado?

 

É possível considerar o congelamento de embriões se você já passou por uma fertilização in vitro ou se deseja, no futuro, recorrer a esse procedimento. Nesse caso, os embriões saudáveis são congelados para uma futura fertilização.

Caso seu tratamento para fertilidade precise ser suspenso, se existir alguma condição médica que impossibilite a gravidez ou, então, se você estiver passando por tratamento médico que afete a sua fertilidade, congelar os embriões pode ser uma solução viável.

Na síndrome de hiperestimulação ovariana, por exemplo, a gravidez representa uma situação médica potencialmente arriscada.

Outras indicações estão associadas com a doação de óvulos. Quando a receptora não esta preparada para receber o embrião, ele pode ser congelado para uma utilização futura.

Como é a transferência de embriões

 

A transferência de embriões é um procedimento simples e que não requer anestesia. O número de embriões transferidos é escolhido de forma a equilibrar o risco de gestação múltipla e o risco de não conceber. As injeções de progesterona são tomadas diariamente para “apoiar” o processo de implantação.

Cerca de duas semanas depois, testes de sangue são realizados para determinar se a gestação ocorreu com sucesso. O início da gravidez será seguido de exames de sangue e outros estudos, com a finalidade de ter certeza de que está progredindo normalmente.

 

 

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