A pessoa considerada autista, muitas vezes, é alvo de preconceito na sociedade. Por mais que seja um transtorno sem cura e causa aparentes, é preciso compreender que com o diagnóstico precoce, com orientação profissional e tratamento adequado, é possível que o indivíduo tenha uma rotina próxima à normalidade.
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, lembrado em dois de abril, é uma data na qual entidades médicas, governamentais e sem fins lucrativos se unem a pacientes e familiares para conscientizar a necessidade do diagnóstico precoce e de um tratamento que proporcione o desenvolvimento do indivíduo, independentemente do tipo de autismo.
O autista e a importância do diagnóstico precoce
Nos Estados Unidos, de acordo como Center of Diseases Control and Prevention, estima-se que uma em cada 50 crianças seja autista.
O número é bastante alto, porém, o que pode ser visto como o crescimento do número de crianças com autismo, nada mais é do que reflexo de diagnósticos precoces que dão a oportunidade da família procurar um tratamento preciso para que o autista tenha uma condição de vida adequada.
Já no Brasil, de acordo com o Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do HC de São Paulo, 90% dos indivíduos ainda não foram diagnosticados, o que compromete o desenvolvimento da criança e do adulto.
Conhecer os sintomas do autista ajuda na rotina
Estar atento aos sintomas é fundamental para que a família possa ajudar o médico a encontrar o diagnóstico e, dessa forma, estabelecer o melhor tratamento.
Em geral, a criança não costuma responder aos estímulos sonoros, o que faz os pais pensarem que ela é surda. Porém, juntamente com esse sintoma, a criança tem o hábito de ficar se balançando por muito tempo, até horas, para frente e para trás.
Quando mais crescidos, alguns têm a impulsividade e a irritabilidade como maiores características. Dependendo do caso, apresentam também alta habilidade para uma determinada tarefa, como fazer cálculos ou estabelecer lógicas de organização por tamanhos e cores fora do comum.
A rotina inclui um tratamento minuncioso que o ajuda nas tarefas diárias. Varia de acordo com o tipo de autismo, mas, comum a todos, trabalha para amenizar a dificuldade de processar informações e de se comunicar.
No Brasil, é possível obter tratamentos gratuitos nos dos Centros Especializados de Rebilitação (CER) ou com custos reduzidos, por meio de entidades que lutam pela causa autista.
São nesses locais que os familiares e até mesmo educadores aprendem técnicas para aplicar na rotina dos indivíduos com autismo, de acordo com os tipos, e auxiliar na estimulação do desenvolvimento.
O dia a dia inclui um atendimento multidisciplinar que, para ter resultado, envolve áreas como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. A medicação auxilia a controlar sintomas como irritabilidade, falta de sono e hiperatividade.
Frequentar a escola regular também é considerado um aspecto positivo na rotina do individuo com autismo para 85% dos pais – que responderam a uma dissertação de mestrado desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP).
Para o estudo, foram entrevistados 56 cuidadores na região oeste da Grande São Paulo, abrangendo 54 crianças e adolescentes, com idades entre três e 16 anos, que frequentavam a escola.
Independentemente do tipo de autismo, estabelecer uma rotina normal é parte do tratamento e do desenvolvimento dessas pessoas.
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