Ao contrário das mulheres, os homens não costumam procurar especialistas para saber como o organismo está. Essa afirmação sobre a saúde do homem é embasada em um estudo que preocupa sobre o assunto. O alerta da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aponta, ainda, que eles não só não buscam ajuda, como desconhecem aspectos de sua saúde.
A pesquisa de 2013 foi feita com cinco mil homens em seis capitais brasileiras, em parceria com a Bayer Healthcare Pharmaceuticals. Dados mostram que 44% deles nunca passaram por uma consulta com um urologista. As dúvidas e busca de auxílio quando se trata da saúde do homem, quando ocorrem, estão relacionadas a questões sexuais.
Saúde do homem vai além do desempenho sexual
A busca por ajuda médica puramente por preocupação com seu desempenho sexual parece ser o único aspecto a ser levado em conta na saúde do homem, por três motivos, basicamente, como explica o urologista Augusto Barbosa Reis, membro do departamento de Reprodução Humana da SBU.
A primeira causa que pode afetar a saúde do homem tem origem psicológica, sem problemas de saúde orgânicos. “Em grande parte destas situações, o homem sente-se inseguro frente à oportunidade de um encontro sexual, gerando um quadro chamado de ansiedade de desempenho”, diz Reis.
O segundo motivo envolve fatores orgânicos, como envelhecimento, doenças, como o diabetes e a hipertensão arterial e maus hábitos de vida.
A terceira situação, prossegue Reis, mescla as duas anteriores. “São homens com disfunção erétil leve, mas que, devido à falta de informação do seu problema, podem desenvolver um quadro psicológico de temor de falha nas relações sexuais”, completa o urologista.
Tudo isso, afirma o médico, é uma questão cultural que está envolvida na disfunção erétil de origem psicogênica, a falsa ideia de que todo homem é infalível durante uma relação sexual.
Saúde do homem nas diferentes faixas etárias
O urologista reforça que é imprescindível que a saúde do homem seja uma prioridade desde muito cedo. Abaixo, confira os principais aspectos que devem ser levados em conta segundo a idade quando se trata da saúde masculina.
1. Aos 20
É comum a disfunção erétil psicogênica, muitas vezes, por falta de conhecimento do corpo e das respostas sexuais. Um grupo de risco nesta faixa são pacientes saqueados de trauma raquimedular e de diabetes juvenil, que iniciam a disfunção erétil muito precocemente.
2. Aos 30
As causas são semelhantes as da década anterior, mas aqui os cuidados com a saúde podem refletir na preservação da qualidade de ereção no futuro. Evitar uso de drogas recreativas lícitas, como álcool e cigarro. Priorize a boa alimentação e o combate aos hábitos sedentários.
3. Aos 40
A disfunção erétil orgânica de intensidade leve a moderada já pode ser detectada em 50% dos indivíduos. Portanto, o controle com o urologista torna-se importante para tentar detectar as causas da disfunção erétil e iniciar os tratamentos e cuidados o quanto antes.
4. Aos 50
Nessa faixa de idade, a causa orgânica é a mais comum. Torna-se importante também como sinalizador de saúde, pois homens com diabetes e que apresentem disfunção erétil têm um risco quase dobrado de apresentarem um infarto agudo do miocárdio.
5. Na terceira idade
A prevalência da disfunção erétil aumenta em quantidade e intensidade. A principal causa está envolvida com o próprio envelhecimento. Mas hoje existem vários tratamentos que auxiliam esses homens a manterem uma vida sexual ativa.
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