Você já ouviu falar no termo binge drinking? Surgido nos Estados Unidos, ele foi criado para definir uma prática perigosa: o consumo excessivo de álcool em um curto período de tempo.
A pessoa que fica cerca de 20 a 100 dias sem consumir bebidas alcoólicas, mas depois toma cinco drinks seguidos em uma hora, está tendo um episódio de binge drinking. O modo e o intuito de quem age dessa maneira podem variar. Mas as consequências são sempre perigosas.
O que é binge drinking?
O termo também pode ser traduzido como “beber se embriagando”. Assim, é empregado para definir o consumo excessivo de álcool que corresponde à ingestão de quatro ou mais bebidas alcoólicas num único momento.
O National Institute of Alcohol Abuse and Alcoholism, dos Estados Unidos, define binge drinking como o padrão de consumir bebidas alcoólicas que resulta em uma concentração alcoólica sanguínea igual ou superior a 0.8 g/L. Isso significa, em um adulto típico, o consumo de 70 gramas de etanol ou mais para homens e 56 gramas ou mais para mulheres, em um período de 2 horas.
Normalmente, o binge drinking é praticado por pessoas que procuram um efeito de embriaguez rápida. Por isso, tornou-se muito popular entre adolescentes do mundo inteiro. Em ocasiões de festas, por exemplo, os jovens associam o consumo excessivo de álcool à diversão – o que pode resultar em graves consequências.
Os perigos do consumo excessivo de álcool
No artigo “Binge Drinking Among US Adults”, publicado pelo The Journal of The American Medical Association, a prática é relacionada a riscos importantes para a saúde, gerados por fatores internos e externos.
Quando a pessoa está alcoolizada, por exemplo, acaba se colocando em situações de risco com facilidade. Assim, pode sofrer lesões não intencionais, ocasionadas por acidentes de carro, quedas, afogamentos e queimaduras, por exemplo.
A prática recorrente do binge drinking também prejudica o sistema neurológico, cardíaco, gastrointestinal e imunológico. As consequências vão desde hipoglicemia e insuficiência respiratória, até hipertensão, gastrite e meningite.
O consumo excessivo de álcool pode, igualmente, fomentar a violência (homicídios, estupro, assaltos) e despertar distúrbios psiquiátricos. Outras consequências secundárias são a gravidez indesejada e o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.
Somando todos esses fatores, o binge drinking pode ser classificado como um problema de saúde pública, considerando seus custos sociais e econômicos. Além disso, os episódios recorrentes podem evoluir para um quadro de alcoolismo, que é ainda mais grave.
Como enfrentar o binge drinking
Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), 3,2% das mulheres brasileiras apresentam algum transtorno relacionado ao uso de álcool, sendo que 1,8% possuem diagnóstico de dependência. O levantamento reforça a necessidade de cuidados e assistência, bem como de políticas de prevenção em relação ao uso nocivo de álcool.
A perspectiva de prevenção e tratamento, dependendo do caso, requer o envolvimento da família e das instituições de saúde. É necessário que a pessoa seja avaliada física e psicologicamente, para que o tratamento ideal seja indicado. Grupos de ajuda e acompanhamento psiquiátrico auxiliam na recuperação.
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