Mulheres que ingerem álcool na gravidez aumentam as chances de ter um bebê prematuro

Um estudo realizado na Grã-Bretanha apontou que, mesmo em doses mínimas, o álcool na gravidez influencia no tempo de gestação e no tamanho do bebê

O que o conhecimento popular já declarava há muito tempo a ciência comprova com pesquisas. Está cada vez mais provado que o uso de bebidas alcoólicas durante a gravidez pode gerar inúmeros problemas para o bebê. Um estudo publicado pelo Journal of Epidemiology and Comunity Health, publicação científica da Grã-Bretanha apontou que, mesmo em doses muito baixas, a ingestão de álcool aumenta o risco de que o bebê possa nascer antes do tempo ou mesmo com um peso inferior ao indicado.

Os professores da Universidade de Leeds, responsáveis pela pesquisa, afirmaram ainda que este estudo deve contribuir para que os médicos revejam as indicações feitas às suas pacientes, uma vez que ainda não há um consenso em relação à ingestão de pequenas doses de álcool na gravidez.

A pesquisa contou com a participação de 1.264 mulheres, todas elas com um risco muito baixo de complicações no parto. Neste caso, as gestantes que uma quantidade superior a duas unidades de álcool por semana apresentaram o dobro de chances de dar à luz um bebê prematuro, ou mesmo de que a criança nascesse menor do que o esperado, se comparado às que seguiram sem beber. Ainda, mesmo as que não ultrapassaram as duas doses semanais também tiveram o risco aumentado, mas em níveis um pouco menores.

Em países como no Reino Unido, por exemplo, há profissionais que permitem até mesmo que a mulher grávida beba no máximo duas doses por semana, o que é equivalente a duas taças de vinho ou duas latas de cerveja. A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que a gestante não faça a ingestão de bebidas alcoólicas ou mesmo que contenha a substância, ainda que em níveis mínimos. Na dúvida, é melhor não beber nada que contenha álcool na gravidez, preservando assim a saúde do seu bebê.