Gestante

Obesidade na gravidez traz riscos para a saúde do bebê

Por Redação Doutíssima 01/07/2015

É comum que as gestantes ouçam a divertida expressão “comer por dois”. Mas é preciso muito cuidado. Isso não deve passar de uma brincadeira e não pode ser levado ao pé da letra. O excesso de comida na gestação pode ocasionar diversas complicações tanto para a mãe quanto para o bebê. Por isso, é fundamental fugir da obesidade na gravidez.

 

De acordo com o Recommended Dietary Intakes (RDI), uma publicação com recomendações universais sobre a alimentação, as mulheres grávidas, a partir do terceiro mês, devem ingerir somente 300 calorias a mais do que o período anterior à gravidez, totalizando diariamente 2.800 calorias.

obesidade na gravidez

Cuidar da alimentação na gravidez é importante para manter a saúde da mulher e do bebê. Foto: Shutterstock

 

Riscos da obesidade na gravidez

O normal é que a gestantes de baixo peso adquiram até 15 quilos durante toda a gestação, as de peso adequado podem ganhar de 10 a 12 quilos e as com sobrepeso ou obesas devem manter o aumento entre seis e sete quilos.

Por isso, é importante se cercar de orientações médicas e de nutricionistas, que podem avaliar a paciente individualmente. A obesidade na gravidez consiste em fatores de risco para doenças graves como hipertensão, diabetes e pré-eclâmpsia, principalmente no final da gravidez.

Além disso, o excesso de peso durante a gestação está associado a um índice importante de mortalidade dos recém-nascidos, inclusive no período perinatal. A obesidade na gravidez ainda pode causar problemas no tubo neural dos bebês, a estrutura que origina o cérebro e a medula.

 

Há ainda estudos que associaram o autismo e problemas respiratórios a bebês cujas mães tiveram o registro de obesidade na gravidez.

É preciso estar atenta, porque as mulheres que adquirem muito peso durante a gravidez desenvolvem hábitos alimentares errados que vão continuar depois que o beber nascer. As que começam a gestação com sobrepeso ou já obesas, devem ficar de olho na balança para que nenhum aumento calórico seja introduzido na rotina.

Mas como a gravidez não é o período adequado para qualquer tipo de dieta de perda de peso, é importante que a gestante tenha orientação especializada para não ganhar ainda mais peso e colocar a saúde do bebê em risco, além da sua.

Como prevenir a obesidade na gravidez

É fundamental que toda a rotina, independente da gravidez, seja regrada no que diz respeito ao limite em relação ao peso. Manter os números ideais, de acordo com a altura e biotipo é parte da garantia de uma vida saudável. Assim, quando a mulher desejar ter um filho, o fantasma da obesidade na gravidez não irá assombrar.

E para manter a forma e não cair em armadilhas que ameacem o peso, a gestante pode prestar atenção a dicas bem simples, mas bem importantes. É preciso beber água constantemente, de um litro e meio a dois litros por dia.

Dê atenção especial ao consumo de frutas, o ideal é comer até três diariamente. Elas são ricas em fibras, assim como os legumes e verduras que devem ser consumidos no almoço e no jantar. As fibras ajudam a prevenir a prisão de ventre, muito comum entre as gestantes.

Divida as refeições diárias em oito, em pequenas quantidades, sempre mastigando bem devagar. Com a ajuda de uma nutricionista ou de seu médico, escolha alimentos com pouco teor de gordura e evite os líquidos durante as refeições, o que ajudará a não ter azia. Não esqueça de incluir carne em sua dieta, que é rica em proteínas e ferro.

Um aspecto interessante sobre o ferro é que ele pode ser melhor absorvido quando consumido com frutas ricas em vitamina C. Por isso, tenha sempre à mão frutas como laranja, acerola, limão, kiwi, abacaxi e tangerina.

 

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