Dificuldade para respirar, chiado no peito, tosse intensa e irritação na garganta podem indicar um caso de bronquiolite. Comum nos primeiros seis meses de vida da criança, ela também é recorrente em idosos, em função da baixa atividade do sistema imunológico. No inverno, os casos são ainda mais frequentes e requerem tratamento imediato para evitar complicações.
Com as baixas temperaturas, o vírus se espalha com maior facilidade. Altamente contagioso, ele pode estar presente nos brinquedos, nos utensílios, nas toalhas e objetos pessoais. Por isso, é necessário sempre tomar medidas preventivas. Saiba como se manifesta a bronquiolite e mantenha distância dessa infecção.
Bronquiolite é mais comum no inverno
Enquanto no verão a média de casos da infecção é de mil por mês, entre maio e setembro, os números chegam a três mil. Esses dados são do DataSUS e têm por base o número de internações hospitalares com causas relacionadas à bronquiolite. O inverno é um período crítico pelas condições climáticas mais frias, que predispõe infecções e contaminações virais.
A doença é transmitida no ar, principalmente por meio das gotículas que saem da saliva ou secreções contaminadas com o vírus. Quando uma pessoa infectada tosse, fala ou espirra próxima a outra, pode causar uma nova infecção.
Os casos de bronquiolite ocorrem após a instalação de um vírus no organismo, que provoca inchaço e acúmulo de muco nos bronquíolos, as menores vias respiratórias do corpo.
Ramificadas a partir dos brônquios, são essas vias aéreas que proporcionam a agilidade na passagem do ar. Quando bloqueadas, dificultam a respiração. Em casos raros, a infecção ocorre por bactérias.
Apesar de afetar os idosos, que têm o organismo mais frágil, são as crianças as principais afetadas pela doença. O principal vírus causador da contaminação é o sincicial respiratório, com maior incidência até os dois anos de idade e no período de frio. No entanto, é possível que os bronquíolos sejam infectados pelos vírus da gripe ou resfriado comum.
Como prevenir e tratar a bronquiolite
Crianças que não são amamentadas no peito da mãe, que tiveram um parto prematuro ou têm o sistema imunológico enfraquecido estão no grupo de risco da infecção. Além disso, ambientes fechados e expostos à fumaça tóxica do cigarro favorecem uma nova contaminação.
Quando uma criança é infectada pelo vírus na escola, recomenda-se que ela não vá para a aula até que se cure, pois pode disseminar novos quadros infecciosos entre os colegas. É fundamental também ter cuidados com a higiene.
Mesmo no inverno, lavar as mãos e o rosto das crianças evita que elas entrem em contato com bactérias e vírus. Na hora de brincar, não deixe que interajam com os pequenos que já estão resfriados.
Como é causada por vírus, não se recomenda usar antibióticos no tratamento da bronquiolite. No entanto, a doença favorece infecções bacterianas, como a pneumonia. Por isso, o médico pode recomendar mais de um medicamento para tratar as possíveis consequências da doença.
A maioria dos casos pode ter o tratamento feito em casa, com uso de remédios para melhorar a congestão nasal. Hidratação é fundamental para manter o bom fluxo orgânico. Quando a oxigenação é muito baixa, é necessária internação hospitalar para que não ocorra broncopneumonia.
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