Se você está passando por uma fase sexual difícil e não consegue obter um orgasmo, saiba que isso não é problema só seu. A anorgasmia, um problema relacionado à ausência do prazer e queda da autoestima, já afeta de 15% a 30% das mulheres no Brasil.
Esse dado de 2012, obtido pela Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), levanta o debate para os tratamentos possíveis a essa situação nada prazerosa.
O sintoma de quem sofre com a anorgasmia é claro: falta de orgasmo na relação sexual, quando a mulher, mesmo com sexo e masturbação, não consegue gozar.
O motivo? Uso indevido de medicamentos, transtornos hormonais, doenças crônicas, mas principalmente, questões emocionais. Antes de tudo, para chegar lá, a mulher precisa estar bem consigo mesma. Saiba mais sobre esse problema e garanta mais prazer.
O que causa a anorgasmia?
Apesar de apenas 30% das mulheres serem diagnosticadas com anorgasmia, estima-se que muitas outras não experimentem um orgasmo com frequência.
Dados da Faculdade de Medicina de Petrópolis apontam que 70% do sexo feminino não goza nas suas relações sexuais. O problema se divide em duas categorias, sendo a primária quando nunca houve histórico de orgasmo na vida, e a secundária quando ele é seletivo.
Algumas situações, por afetarem de alguma forma o psicológico feminino ou as funções orgânicas, fazem com que a mulher interrompa sua capacidade de gozar, mesmo já tendo experimentado o orgasmo. Em casos mais raros, é possível que ela só chegue lá em determinados momentos, estando predisposta e entregue.
Diferente do homem, que fica excitado de forma mais espontânea, a mulher precisa estabelecer relações complexas, envolvendo diversos fatores de ordem emocional, física e psicológica para sentir o ápice do prazer. Por motivos orgânicos ou psicossociais, ela pode ter dificuldade em encontrá-lo.
Os responsáveis mais comuns para esse bloqueio são a falta de diálogo entre o casal, a pouca habilidade do parceiro sexual, falta de informação sobre sexo, falta de educação sexual, crenças conservadoras, tabus e repressão. Quando inibida de desejo, a mulher pode também sofrer com baixa autoestima e até mesmo não sentir vontade de fazer sexo.
Como tratar a anorgasmia
Não há como tratar a anorgasmia sem conhecer a causa do problema. O diagnóstico não pode se basear em apenas uma relação, mas sim no histórico da paciente. Quanto antes se descobrir os motivos que levam a mulher a não conseguir gozar, mais rápido será o tratamento e a descoberta de uma solução.
É necessário que haja interesse de ambos os parceiros durante o tratamento, pois os dois contribuem no processo.
Assim que for identificado um problema na obtenção do orgasmo, a mulher deve procurar um ginecologista para ver se há causas orgânicas e diagnosticar corretamente um quadro de anorgasmia. Sexólogos, terapeutas e psicólogos podem completar o grupo multidisciplinar.
As conversas entre o casal são a principal chave para tratar o problema. Ambos precisam participar do tratamento para entender a situação, colaborando para quebra dos tabus e solução das dificuldades que impedem o prazer sexual. Podem ser necessários medicamentos, terapias e acompanhamento médico se a causa for orgânica.
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