Ser obesa é vantagem para quem busca um amor no feederismo, uma espécie de desejo sexual despertado por pessoas bem acima do peso. O problema dessa manifestação pela sexualidade é a própria obesidade, que predispõe a inúmeros riscos à saúde, inclusive câncer.
Os casos acontecem mais entre as mulheres, que engordam para alegrar os parceiros. Alguns homens, porém, também podem aderir às gorduras em prol do tesão das namoradas. No feederismo, o prazer surge ao ver a pessoa comer, sentindo os “pneus” durante o toque e a visão do excesso corporal.
Riscos do feederismo
Cada casal possui sua afinidade no sexo, uma forma única de ter prazer, mas o feederismo apresenta riscos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil estabilizou a obesidade em 2015, mas 52,5% da população adulta segue acima do peso.
Os quilos sobrando representam o principal fator de risco para doenças do coração, hipertensão e diabetes que, juntas, correspondem a 72% das causas de morte entre os brasileiros.
Carboidratos, gorduras, açúcar e sódio são os principais compostos na dieta de quem quer ver seu amor rechonchudo. Alimentar o parceiro com esse tipo de comida permite engordar mais rápido, mas sem bons nutrientes para o corpo.
O desejo pelo feederismo pode começar ainda na infância, quando os pequenos comem mais que o necessário, apenas por prazer. Ver os outros comendo também é uma forma de aumentar a excitação. O movimento dos lábios, a sujeira nos cantos da boca e o ato de enxergar a pessoa comer são suficientes para receber o impulso do sexo.
Feederismo: sexo selvagem ou romântico?
A obesidade é apenas um dos perigos de quem desenvolve esse tipo de sexualidade. Machucados por torturas consensuais, lesões no estômago, entupimento de artérias e riscos ao coração são problemas para os adeptos desse “fetichismo”.
De uma maneira geral, visão, audição e ossos também podem ficar comprometidos, bem como ocorrer um aumento do nível de estresse.
Além da forma tradicional de engordar, alguns adeptos do feederismo utilizam instrumentos na hora do sexo. Funis e canos plásticos são os mais usados, para colocar ainda mais comida no parceiro.
Por outro lado, existe um viés mais romântico, no qual os casais combinam chegar ao mesmo limite de peso e usam roupas justas para dardestaque às nádegas ou seios para se excitarem.
O prazer de quem segue essa “metodologia sexual” não é apenas comer e ver o parceiro se alimentar, mas também no próprio aspecto da comida. Quanto mais apetitosa ela for, maior o desejo que proporciona. Os cheiros, o gosto e o aspecto visual contam muito no momento do sexo.
O apetite sexual em quem gosta de envolver comida nas suas relações físicas e amorosas não é visto como um distúrbio pela maioria dos profissionais. Geralmente, quem pratica esse tipo de cultura sofria repressões na infância por comer demais e sentir prazer em ficar de estômago cheio. Quanto mais reprimido, maior o prazer em se alimentar, por isso a origem é principalmente psicológica.
Assim, o sexo com comida ao exagero pode ter pontos negativos, por incentivar os danos à saúde e a obesidade, mas também positivos, pois proporciona felicidade aos praticantes, melhorando outros aspectos da vida. É necessário cuidado, porém, pois é fundamental realizar acompanhamento médico intenso em todos os casos.
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