O forno micro-ondas é um dos inventos mais práticos para a preparação de alimentos. Ele cozinha, aquece e descongela a comida em pouco tempo, facilitando a vida corrida de muitas pessoas. No entanto, é preciso parar para pensar se esse método é realmente seguro para a saúde ou se as pessoas estão comprometendo o organismo ao optar pela praticidade.
Como funciona o forno micro-ondas
A nutricionista Fabiana Kirsch explica que o forno micro-ondas cozinha os alimentos através das ondas que penetram nos tecidos orgânicos gerando calor. “A capacidade de cozinhar do aparelho está na potência usada”, explica.
Essas ondas que aquecem e cozinham os alimentos são as mesmas do fogão ou da churrasqueira, esclarece Fabiana. “Desligando o forno micro-ondas, a radiação, ou qualquer sinal dela no alimento, desaparece”, diz.
Em comparação com o cozimento comum, a nutricionista comenta que não se pode dizer o mesmo. O alimento pode absorver resíduos químicos de um carvão contaminado, por exemplo.
Forno micro-ondas e a saúde
Segundo a nutricionista, não existem evidências científicas de que apontem riscos à saúde com o uso do micro-ondas. “Estudos têm sido realizados com animais, mas é difícil traduzir esses resultados para possíveis efeitos em humanos”, adiciona. Mas ela ressalta que é preciso tomar alguns cuidados.
Para Fabiana, a principal atenção é com o recipiente usado no micro-ondas. “O ideal é utilizar vidro e evitar plásticos, pois com o aquecimento podem ser liberadas doses tóxicas de Bisfenol A, que causa danos neurológicos e de desenvolvimento”, complementa.
Micro-ondas e plástico não combinam
Como mencionado pela nutricionista, recipientes plásticos comuns, quando usados no forno micro-ondas, liberam uma substância tóxica chamada Bisfenol A, ou BPA.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), desde janeiro de 2012 está proibida a venda de mamadeiras e outros utensílios usados na alimentação de crianças pequenas que contenham o Bisfenol A. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a responsável pela ordem.
A decisão é baseada em pesquisas que informam que o BPA tem potencial de causar câncer, problemas hormonais e cardíacos. O foco em usuários na infância se dá pleo fato de que o organismo de crianças entre zero e doze meses não elimina completamente a substância.
Esse ingrediente nocivo à saúde humana é utilizado na produção da maioria dos plásticos. A Sociedade ainda menciona estudos que observaram que o contato com o BPA, principalmente durante o desenvolvimento fetal, afeta o sistema endócrino, prejudicando a ação natural dos hormônios.
Para evitar o contato com o Bisfenol A, a SBEM sugere optar por mamadeiras de vidro, não aquecer alimentos em potes plásticos no micro-ondas e não usar potes plásticos que contenham BPA para congelar comida.
Além disso, evitar o consumo de enlatados, evitar utensílios plásticos e ficar atento aos símbolos de reciclagem com números três e sete, que indicam que o produto pode conter Bisfenol A na composição são formas de proteger o organismo.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!