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Diástase: entenda o problema que afetou Sandy na gravidez

Por Redação Doutíssima 04/09/2015

No início de agosto, a cantora Sandy surpreendeu fãs ao revelar que depois da gravidez teve diástase. A declaração surpreende especialmente quando se pensa em uma artista linda que, de repente, tem uma complicação que afeta a sua aparência física.

 

Diástase é o deslocamento muscular

É impossível fazer uma análise dos hábitos de vida da cantora, mas de um modo geral, a diástase é um afastamento da musculatura reto abdominal que ocorre por fragilidade muscular congênita ou adquirida, geralmente por desnutrição, como explica o médico obstetra e ginecologista Domingos Mantelli.

 

O deslocamento dos músculos reto abdominais (aqueles que formam os “gominhos” da musculação) pode ter muitas causas: gestações múltiplas, obesidade, bebê muito grande, excesso de líquido amniótico, hormônios que provocam relaxamento muscular, desnutrição, sedentarismo, ganho de peso exagerado na gestação.

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Cantora Sandy revelou que depois da gravidez do primeiro filho teve diástase. Foto: Instagram, Reprodução

 

É possível perceber a diástase porque se forma uma linha afundada da região do peito até o abdômen. Alguns sintomas também acompanham esse sinal físico, como dores na lombar, nádegas e coxas. Assim como incontinência urinária e dificuldade em realizar certos movimentos.

 

Para evitar esses problemas, ou aumentar as chances de não passar por eles, um dos remédios mais eficazes é a atividade física antes e depois do parto. Com o estímulo correto, os músculos reto abdominais retornam a seus lugares em até seis meses após o parto.

 

Sandy afirmou na entrevista que ainda luta na prática de exercícios abdominais para ver se a musculatura volta ao normal. Ela está certa, de acordo com Mantelli, fazer os exercícios, especialmente os abdominais, pode ajudar a corrigir a diástase.

“Fazer os exercícios errados ou de maneira errada pode até aumentar o afastamento dos músculos reto abdominais”, diz o médico.

Mas além disso, o médico orienta a buscar uma alimentação balanceada e, nesse caso, o trabalho de um nutricionista faz toda a diferença. É esse profissional que vai orientar sobre a necessidade específica de cada mulher.

Um outro momento é a fisioterapia, que vai ajudar a fortalecer a musculatura reto abdominal e contribuir para o retorno dos músculos à suas posições originais. Se nada disso resolver, ou se a pessoa não quiser esperar, desde que haja indicação médica, o caminho é a cirurgia. “Tem casos em que o afastamento só pode ser corrigido com cirurgia”, completa Mantelli.

Como prevenir a diástase

O médico explica, ainda, que a diástase é um problema que pode ser prevenido. Para isso, é preciso fortalecer a musculatura, principalmente a abdominal, com os exercícios adequados para cada pessoa.

Por isso, antes de iniciar um programa de exercícios físicos, a indicação é buscar a ajuda de um profissional de Educação Física. “Uma alimentação balanceada também é importante e, neste caso, o ideal é que a pessoa procure um nutricionista que possa orientá-la”, reforça o ginecologista.

Segundo Mantelli, é imprescindível que o problema seja tratado. Do contrário, a complicação pode evoluir para uma hérnia. Se isso acontecer, a única opção é o procedimento cirúrgico.

 

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