Constelação familiar é um tipo de psicoterapia com base filosófica criada pelo teólogo, filósofo e terapeuta alemão Bert Hellinger. Em consultório ou em grupo, esse tipo de tratamento auxilia indivíduos e famílias na resolução de problemas.
Conforme o Instituto Bert Hellinger Brasil Central (IBHBC), esse tipo de terapia trabalha com a ideia de três leis que atuam nos relacionamentos: a hierarquia (ordem de chegada), o pertencimento (vínculo) e o equilíbrio (ato de dar e receber).
Problemas familiares podem ser solucionados com abordagem terapêutica feita em grupo. Foto: Shutterstock
Se alguma dessas leis é violada em um relacionamento, seja familiar ou não, os envolvidos podem sofrer com depressão, dificuldades financeiras, amorosas e outros problemas.
O trabalho em grupo nesse tipo de terapia traz o benefício de uma visão sistêmica da situação. Não há interpretação como na técnica de psicodrama, mas é instigada uma percepção do posicionamento de cada um dos envolvidos no problema a ser resolvido.
Como funciona a constelação familiar
Bauer Rodrigues é psicólogo há quase 20 anos e há oito começou a trabalhar com a constelação familiar. Segundo ele, a técnica já foi difundida e é praticada em 21 países e trabalha com uma visão sistêmica das relações entre família, ambiente escolar ou empresas.
“A constelação familiar trata de temas ligados à área educacional, empresarial e questões humanas individuais”, ensina o profissional. Ela serve para qualquer pessoa que decida buscar o autoconhecimento.
O profissional explica que apesar dos fundamentos filosóficos, essa terapia traz um novo paradigma de pertencimento dos indivíduos. O ambiente familiar e o campo cultural em que uma pessoa está inserida fazem parte daquilo que ela se torna ao longo da vida.
“Temos, assim, uma proposta que une todos os conhecimentos das áreas psíquicas já estudadas conciliados a novas abordagens, que vão além do ego humano”, comenta. A constelação familiar promove maior integração entre aspectos mentais, corporais e espirituais do ser humano.
Bauer comenta que a área jurídica no Brasil tem aceitado a constelação familiar como auxilio na resolução de situações familiares como separações, adoções, divisão de bens e outros dilemas.
Quando a constelação familiar é recomendada
De acordo com o especialista, há diversos casos em que esse tipo de terapia é uma opção para amenizar problemas e situações adversas. Ele menciona os seguintes casos:
– Mediações judiciais
– Problemas escolares dos alunos que afetam o ambiente educacional e familiar, envolvendo pais e professores no desenvolvimento de crianças com problemas de conduta, aprendizagem e outros
– Problemas de empresas com seus funcionários
– Pessoas que têm dificuldade em relações familiares ou com problemas emocionais, mentais ou corporais
– Problemas conjugais, de convivência ou separação conflitiva,
– Processos de adoção
– Aborto ou perda gestacional
– Abuso sexual
– Pessoas que sofreram repetidas experiências ruins como mortes trágicas, luto, suicídios, guerra e outros
– Problemas de liderança, lealdade, estruturação de responsabilidades e ocasiões similares em ambientes profissionais
A abordagem desse método terapêutico se baseia na visão sistêmica do indivíduo no ambiente que lhe traz problemas, seja escolar ou na empresa. “Há trabalhos que acontecem em grupo e também individualmente no consultório”, informa o terapeuta.
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