Zen

Origami ajuda a relaxar e melhora a coordenação motora

Por Redação Doutíssima 02/05/2015

Muito mais que arte, o origami (arte japonesa de “dobrar papel”) pode ser uma ferramenta pedagógica e também uma ponte para encontrar mais equilíbrio e qualidade de vida. A tradicional forma de interpretar, por meio de dobras no papel, elementos em nosso meio, como flores, animais e objetos, pode ser uma aventura fantástica, cheia de descobertas.

Quem explica como essa doce magia acontece é o professor Yoshiro Umemoto, que já esteve no Brasil a convite da Fundação Japão, de São Paulo (SP). Ele é membro da Nippon Origami Association e tem mais de três décadas de experiência na área ministrando oficinas e palestras sobre o tema.

origami

Técnica milenar traz benefícios para o corpo e a mente em todas as idades. Foto: iStock, Getty Images

Origami é qualidade de vida

De acordo com Umemoto, há relatos de resultados positivos no trabalho de origami com pessoas portadoras de necessidades especiais. Estudantes que se afastam da vida escolar também são resgatados por meio desta atividade tão prazerosa.

O origami, explica o professor, melhora a coordenação motora e minimiza os efeitos negativos de outros problemas que podem afastar os jovens da escola, fazendo com que retornem para as aulas. “O origami é uma cultura transmitida desde os tempos antigos no Japão, largamente divulgado pelo mundo como um idioma comum”, avalia Yoshihiro Umemoto.

Para o professor, cuja especialidade são os acessórios e as peças modulares e para brincar, um dos prazeres do origami é que, para essa prática, não há limite de tempo, espaço, idade, sexo ou nacionalidade.

“Os resultados são eficazes tanto na educação, na reabilitação ou como passatempo, oferecendo variadas possibilidades, em qualquer lugar e em qualquer momento”, acrescenta o japonês.”

 

Origami para todas as idades

Essa técnica milenar tem atraído admiradores e praticantes de todas as idades, desde crianças até adultos, como afirma Mari Kanegae, professora de Origami na Aliança Cultural Brasil-Japão.

“A transformação de um simples pedaço de papel em formas da natureza, orgânicas ou geométricas, aguça nossos sentidos e trazem inúmeras possibilidades, desde um passatempo que une diferentes gerações, até o desenvolvimento da coordenação motora fina, da atenção, da concentração, do raciocínio e da criatividade”, pondera.

A professora concorda que o origami tem demonstrado eficácia como instrumento para melhorar a qualidade de vida das pessoas, principalmente daquelas que necessitam de cuidados especiais.

“As oficinas de origami proporcionam a pacientes, familiares e também aos profissionais envolvidos em tratamentos de saúde, momentos de relaxamento e comunhão, amenizando a tensão ocasionada pela doença”, reforça.

Especialistas acreditam que a origem dessa prática é tão antiga quanto a do papel, que surgiu na China, 105 a.C. O papel teria surgido para substituir a seda, que servia para escrever. A descoberta teria chegado ao Japão através de monges budistas da China, mas era considerado um artigo de luxo, sendo aplicado em moldes de quimono e em festas religiosas.

 

 

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