Clínica Geral

Predisposição genética: entenda como ela influencia sua vida

Por Redação Doutíssima 18/09/2015

Talvez você já tenha ouvido falar em predisposição genética para doenças. Isso pode soar bem assustador, mas também há outros fatores que fazem você mais ou menos suscetível aos problemas de saúde. Além disso, atualmente é possível detectar qualquer mutação através de exames modernos.

 

O que é predisposição genética?

Os genes são os blocos de construção da vida. Eles estão por trás de seus olhos ou estrutura, por exemplo. Recentemente, a ciência aprendeu que eles não apenas influenciam nossa aparência física, mas também desempenham um papel na nossa probabilidade de desenvolver certos problemas de saúde.

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Mutações genéticas transmitidas através das gerações aumentam chances de problemas. Foto: iStock, Getty Images

Genes se encontram em cadeias de DNA, conhecidas como cromossomos, e cada gene individual consiste de uma longa combinação de diferentes bases químicas.

 

Certas mutações genéticas são capazes de tornar os indivíduos mais suscetíveis a doenças específicas do que a população em geral. Esses genes e mutações são passados através das gerações, razão pela qual certos problemas de saúde podem ser vistos em diferentes pessoas de uma família.  

 

Em resumo, ter uma predisposição genética significa uma maior probabilidade de desenvolver uma doença ou um problema específico com base na própria composição genética.

 

Estudos confirmam suscetibilidade genética

Muitos estudos vêm buscando concluir quais problemas estão relacionados à predisposição genética. E já houve muitos avanços. De acordo com a National Sleep Foundation, por exemplo, uma criança tem mais probabilidade de ser sonâmbula se os pais sofreram com o sonambulismo na infância.

 

Além disso, o alcoolismo também é um problema que talvez esteja associado à genética. Pesquisas mostram que indivíduos que possuem transtorno pelo uso de álcool têm uma série de mutações genéticas que os distinguem da população geral.

Um estudo de 2014, publicado na revista Psychiatric Genetics, verificou que uma mutação específica do gene GRM3 estava especificamente ligada ao alcoolismo.

 

Recentemente, os médicos também descobriram que indivíduos com mutações genéticas específicas possuem maior risco de desenvolver certo tipos de câncer do que a população em geral.

Dois dos genes relacionados ao câncer mais conhecidos são BRCA1 e BRCA2, que aumentam significativamente as chances de desenvolver câncer de mama e ovário em uma mulher.

 

A atriz Angelina Jolie ajudou a aumentar a conscientização sobre os perigos dessa mutação genética, depois que decidiu submeter-se a uma mastectomia dupla.

 

Como detectar uma mutação genética?

Há muitos tipos de testes genéticos capazes de detectar algum tipo de problema com os genes. Eles podem ser feitos desde quando um casal está pensando em ter filhos ou durante a gestação, até logo após o parto ou quando qualquer tipo de sintoma de uma doença começa a se manifestar.

 

Quando algo é visto, são possíveis ações de prevenção e monitoramento. Além disso, nem sempre uma predisposição genética se torna um problema de saúde real. Segundo o cientista Bruce Lipton, especializado em epigenética, a saúde das células também é influenciada pelo meio a que estão expostas.

Por isso, bons hábitos de vida podem ser essenciais para que esses problemas não se manifestem.

 

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