Existem muitos mitos sobre a impotência masculina, mas talvez o mais comum esteja associado ao ciclismo. Esse é um problema que acomete alguns homens, que ficam relutantes em conversar com seu médico a respeito. A medicina moderna entende que há várias explicações médicas e psicológicas e esforça-se em oferecer diversos tratamentos.
Ciclismo e impotência masculina: um risco real?
Para os homens, é possível a obtenção de vários benefícios de saúde ao andar de bicicleta: melhora nos níveis de glicose, colesterol e também a redução do peso corporal. Porém, muitos deles acreditam que esse esporte é capaz de influenciar negativamente seu desempenho na cama e que é uma das grandes causas para a impotência masculina. Será que isso é verdade?
Octávio Campos, especialista do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano de São Paulo, diz que a impotência masculina pode estar associada ao ciclismo em alguns casos.
“Não sabemos ao certo quantas horas por dia de ciclismo, em que tipo de terreno ou tipo de selim são necessários para uma lesão irreversível do quadro de disfunção erétil. O que sabemos até o momento é que é possível ter algum grau de disfunção erétil com práticas inadequadas de ciclismo”, explica.
Na realidade, o que muitas vezes é prejudicial é o excesso e a má prática. Nesses casos, Octávio indica que o tratamento deve ser individualizado e depende da causa. É que mesmo sendo causada pelo ciclismo, a lesão também pode ter origem vascular ou nervosa.
“O tratamento pode variar a depender do caso, desde apenas suspender o ciclismo com melhora da ereção com o tempo até casos extremos em que há necessidade de revascularização peniana”, indica o médico.
Tem sido comum nos últimos 10 a 15 anos o aparecimento de vários estudos que estabelecem uma relação entre andar de bicicleta e problemas sexuais.
Pesquisadores do Hospital Universitário Trondheim, na Noruega, avaliaram 160 homens que preencheram um questionário depois de um passeio de bicicleta de cerca de dois quilômetros. Um em cada cinco deles relatou dormência no pênis e, além disso, 13% desenvolveram disfunção erétil que na média durou mais de uma semana.
Como prevenir problemas com disfunção erétil
A disfunção erétil, ou impotência masculina, está associada a muitos fatores e doenças, como desordens psiquiátricas ou psicológicas, problemas prostáticos, tabagismo, medicações, alterações hormonais e condição socioeconômicas.
Além disso, certos problemas crônicos, como cardíacos, diabetes e hipertensão, bem como a cirurgia para tratamento de câncer de próstata, têm potencial para ocasionar problemas de ereção.
Em razão dessas muitas causas, é importante consultar um médico urologista para uma avaliação precisa. Dentre os métodos para tratar problemas de ereção, um deles é possível fazer por conta própria: adotar hábitos saudáveis.
Segundo uma pesquisa publicada no Journal of Sexual Medicine, os homens que se concentram em alterar fatores de estilo de vida têm maiores chances de superar a disfunção sexual.
Fazer reposição hormonal, muitas vezes, também é necessário. Além disso, pode ser indispensável tratar problemas subjacentes – cardíacos, psiquiátricos ou psicológicos, por exemplo. Ainda, se você toma alguma medicação que prejudica a ereção, é possível procurar um médico para que seja feita uma alteração nos remédios.
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